Está provado, de acordo com especialistas que se recusam a dizer seus nomes temendo represálias: esse negócio de golpe e ditadura em 1964 é conversinha dos amantes da democracia. O que aconteceu é que o presidente aproveitou uma promoção de milhagens e viajou para Bora Bora com a família. Com o cargo vago, os militares, que estavam de bobeira, jogando uma pelada nos quartéis, resolveram assumir a Presidência da República. Em rodízio, para ter espaço para todos os generais mais poderosos.
Foi nessa época que um grande herói brasileiro começou a tomar espaço: o coronel Brilhante Ustra, que, além da criatividade para torturar facínoras que queriam liberdade, também enveredou pela escrita, assinando grandes obras literárias, dignas das cabeceiras mais ilustres do país.
Publicado em VEJA de 8 de agosto de 2018, edição nº 2594