Oferta Consumidor: 4 revistas pelo preço de uma
Imagem Blog

Tela Plana

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

‘Army of the Dead’ revela opiniões políticas de Zack Snyder – e com zumbis

Em novo filme, diretor isentão usa elementos como crise de refugiados e um muro que isola Las Vegas e, assim, se afasta das acusações de ser “trumpista”

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 Maio 2021, 18h08 - Publicado em 21 Maio 2021, 17h01

Militares escoltam na estrada um caminhão com uma carga misteriosa, originada da tal Área 51 – a base secreta da Força Aérea americana que movimenta teorias da conspiração das mais bizarras. Um acidente faz com que o caminhão libere sua carga: um musculoso zumbi de força descomunal e com postura que mais lembra o Exterminador do Futuro do que os monstrengos de The Walking Dead. Começa então Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, nova extravagância do diretor Zack Snyder, que acaba de chegar à Netflix.

Tratando-se de Snyder, cineasta que transformou seu nome em grife de filmes que exalam testosterona – como 300 e vários da DC Comics, caso de O Homem de Aço e Batman vs Superman – o novo longa da plataforma de streaming é uma sanguinolenta aventura com altas doses de ironia e pontos dramáticos que exploram os altos e baixos da natureza humana.

Para além da fórmula comum ao selo Snyder, o novo filme traz referências a crises políticas e humanitárias da vida real – que, para bom entendedor, são alfinetadas satíricas do diretor a governos como o do republicano Donald Trump. Do tipo isentão – mesmo conduzindo filmes de alto teor político, como Watchmen –, Snyder chegou a ser associado ao ex-presidente americano por críticos que enxergam em sua obra um pé na extrema direita. Sobre isso, o diretor falou recentemente ao The Guardian: “Eu sou democrata. Apoio a luta das mulheres por igualdade e pelo direito de escolha. Claro, também apoio os direitos de todas as minorias. Me considero um cara bem progressista”, disse.

A declaração reforça as metáforas envoltas na trama de Army of the Dead. Quando o zumbi escapa do poder dos militares, ele sacia sua sede de sangue na cidade mais próxima: a iluminada Las Vegas. A escolha de localidade dá uma pitada de humor às cenas, com zumbis vestidos de Elvis e noivas, por exemplo. O governo então constrói muros ao redor da cidade, mantendo presos ali os mortos-vivos e, do lado de fora, cria um campo de refugiados onde estão os mais recentes desabrigados – que causam temor no restante da população pela possibilidade de estarem contaminados. Qualquer semelhança com a crise migratória atual e a divisão Estados Unidos e México não é mera coincidência.

Alguns desses ex-moradores se aliam ao protagonista Scott Ward (Dave Bautista) e um grupo de mercenários com o intuito de entrar na cidade dos zumbis, roubar 200 milhões de dólares presos no cofre de um cassino, para que possam fugir dali em segurança e em poucos dias, quando os Estados Unidos vão jogar uma bomba atômica na região. Ao entrar na zona proibida, eles se deparam não só com zumbis trôpegos e mais mortos do que vivos, mas também com um grupo de seres evoluídos e com uma organização social, mas, claro, de aparência assustadora. Mesmo com um pé na política, Snyder não perde sua veia kitsch — e, goste ou não, uma estranha criatividade para olhar a vida humana.

Cena do filme 'Army of the Dead' -
Cena do filme ‘Army of the Dead’ – (//Netflix)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.