Astro da série ‘The ’70s Show’ é condenado por estupro
Intérprete de Steven Hyde na famosa sitcom, Danny Masterson pode pegar 30 anos de prisão
Danny Masterson, famoso pelo papel de Steven Hyde na série That ’70s Show (1998-2006), foi condenado por dois estupros nos Estados Unidos. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira, 31, quando o júri chegou ao veredicto. Os jurados tiveram um impasse sobre uma terceira acusação de estupro. Pelos crimes, o ator pode pegar uma sentença que pode variar de 30 anos de detenção até prisão perpétua.
Masterson foi acusado de estuprar três mulheres em sua mansão em Hollywood Hills entre os anos de 2001 e 2003. O júri o condenou pelo abuso de duas mulheres em 2003, mas não conseguiu chegar a uma decisão referente a uma alegação de novembro de 2001, de uma ex-namorada. Na época dos crimes, as vítimas frequentavam a Igreja da Cientologia — da qual Masterson é membro vitalício — e, segundo elas, foram desmotivadas a denunciar por líderes da igreja devido à notoriedade do artista, que estava em alta por causa da sitcom de sucesso.
Durante a argumentação final, o promotor de justiça Ariel Anson disse que Danny Masterson se aproveitou de sua posição de novato da Igreja de Cientologia para cometer os abusos. “Como todos os predadores, o réu procurou cuidadosamente sua presa. A igreja ensinou a suas vítimas que estupro não é estupro, que você causa isso e, acima de tudo, não pode ir à polícia. Que melhor terreno de caça? Na Cientologia, o réu é uma celebridade e é intocável”, discursou. Anson também argumentou que o ator havia drogado suas vítimas. “O réu droga suas vítimas para estar no controle. Ele faz isso para tirar a capacidade de consentimento dessas vítimas. Não se trata de consentimento. Não se trata de o réu interpretar mal os sinais da vítima. Quando ele os droga, ele é capaz de controlá-los fisicamente completamente. Você não quer fazer sexo? Você não tem escolha… O réu faz essa escolha por essas vítimas e ele faz isso repetidamente”.
A defesa do ator negou todas as acusações, rebatendo que não há evidências, como um relatório toxicológico, que prove que as mulheres foram drogadas.