Marcos Pontes, ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo de Jair Bolsonaro (PL), vendia através de sua empresa, Agência Marcos Pontes, viagens no Submarino Titan, da empresa OceanGate Expeditions, que está desaparecido no Oceano Atlântico desde domingo, 18, com cinco pessoas a bordo. No site da empresa era possível analisar um roteiro do passeio feito ao Titanic, navio naufragado desde 1912, mas o anúncio foi retirado do ar nesta quarta-feira, 21. Para saber o valor da aventura, era necessário preencher um formulário e entrar em contato. VEJA procurou o senador Marcos Pontes em seu gabinete, mas não obteve resposta até o momento.
“Durante sua viagem inaugural, de Southampton, Inglaterra, para New York City, Estados Unidos, no dia 15 de abril de 1912, o grande Titanic afundou, depois de uma colisão com um iceberg no Atlântico Norte. Das 2.223 pessoas a bordo, apenas 709 sobreviveram. Hoje o Titanic repousa no fundo do oceano e poucas pessoas no mundo podem ver de perto essa parte histórica, tranquila, intocada, a quase 4.000 metros de profundidade! Você pode ser uma delas! Esta é uma das mais incríveis aventuras que oferecemos: ver de perto o navio mais conhecido do mundo, o Titanic! Isso só é possível graças a um veículo especial usado para fins científicos e capaz de atingir grandes profundidades. Torne-se um especialista em missão e veja o Titanic de perto!”, dizia o anúncio.
O submarino desapareceu durante uma expedição ao Titanic iniciada na sexta-feira da semana passada, partindo do Canadá. O passeio até os destroços do navio levaria duas horas, mas o módulo perdeu comunicação após 1h45 de viagem, com um piloto e quatro passageiros a bordo. Entre os tripulantes estão o diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush, que pilotava o submarino; o empresário paquistanês Shahzada Dawood; Suleman Dawood, filho de Shahzada; o bilionário e explorador britânico Hamish Harding; e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, principal especialista no naufrágio do Titanic.