Morre a atriz Jandira Martini, aos 78 anos, vítima de câncer
Estrela de novelas como 'O Clone' e 'Salve Jorge' tinha 50 anos de carreira
A atriz, escritora, diretora e produtora Jandira Martini morreu nesta segunda-feira, 29, aos 78 anos, vítima de câncer de pulmão. A morte foi anunciada pelo ator Marcos Caruso nas redes sociais. “Minha maior amiga e prova de que os opostos se atraem e se completam. Juntos escrevemos peças, roteiros de cinema, séries e novelas. Minha grande confidente, conselheira e responsável pelas minhas maiores gargalhadas. Minha mestra. Sabe quando você passa pela escola na qual você estudou e vê que o prédio foi demolido? Assim me sinto com a sua partida”, escreveu Caruso no Instagram.
Jandira Martini nasceu em Santos, no litoral paulista, em 10 de julho de 1945. Filha de um ourives e uma dona de casa, ela se formou em Letras pela PUC-Santos e depois em Interpretação pela Escola de Arte Dramática da USP (Universidade de São Paulo). Após pequenas participações em novelas como Saramandaia (1976) e Dancin’ Days (1978), seu primeiro papel de destaque na TV foi com a personagem Teodora, de Sassaricano, em 1987.
Na década de 1990, a atriz brilhou em A História de Ana Raio e Zé Trovão, da extinta Manchete, onde também atuou na minissérie O Fantasma da Ópera. Jandira também passou pelo SBT, onde trabalhou em Éramos Seis, Brava Gente e Sangue do Meu Sangue.
De volta à Globo, um grande destaque de sua carreira foi a Zoraide de O Clone, em 2001, novela escrita por Gloria Perez que já foi reprisada algumas vezes pelo Vale a Pena Ver de Novo e no canal Viva. A atriz também esteve em América, Desejo Proibido, Caminho das Índias, Morde & Assopra e Salve Jorge.
No teatro, Jandira Martini teve vários trabalhos ao lado do amigo de longa data Marcos Caruso, com quem escreveu peças de sucesso, como Os Reis do Improviso e Porca Miséria — que lhe rendeu um Prêmio Shell de melhor autoria junto com Caruso, em 1993. Ela também venceu conquistou o prêmio de autora da Associação Paulista de Críticos Teatrais pelo espetáculo O Eclipse. Por sua atuação, ela faturou o troféu de melhor atriz coadjuvante do Prêmio Arte Qualidade Brasil pelo papel em O Clone, em 2002.