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O personagem mais insuportável de Renascer – e não é José Inocêncio

Novela das 9 da Globo se aproxima da reta final, e um certo papel rodou mais em círculos do que protagonista de Marcos Palmeira

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 ago 2024, 13h01
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  • Com pouco mais de duas semanas de exibição, o remake de Renascer se aproxima do fim para dar lugar à Mania de Você, próxima novela das 9 da Globo, mas um personagem específico ficou rodando em círculos ao longo de meses do folhetim escrito por Bruno Luperi. Tião Galinha, apesar do talento notável de seu intérprete, Irandhir Santos, já chegou ao ponto de ser insuportável com sua narrativa cíclica sobre conquistar seu pedaço de terra em Ilhéus.

    Casado com Joana (Alice Carvalho), Tião chegou na cidade baiana com o objetivo de conquistar uma vida melhor. O catador de caranguejo conseguiu um emprego na fazenda de Egídio (Vladimir Brichta) e logo ficou encantado pela história do cramulhão de José Inocêncio (Marcos Palmeira), que o fez acreditar que uma galinha botaria o ovo que lhe daria um diabinho igual ao do protagonista, que havia prosperado, segundo boatos da região, com a ajuda do diabo.

    Conforme o tempo passou, a história de Tião girou em torno da obsessão por esse diabinho e a ideia de ter sua própria terra, o que comovia a princípio, mas foi tornando ele em um homem teimoso, egoísta e cansativo. No episódio exibido na quinta-feira, 22, Joana implorou para o marido voltar para ela e os filhos e desistir do acampamento no meio do mato do local que ele julga que será sua terra, mas sem sucesso. A mulher, então, cedeu e decidiu ficar com ele ali.

    O que aconteceu com Tião na versão original de Renascer?

    Na novela originalmente escrita por Benedito Ruy Barbosa e exibida em 1993, Tião (Osmar Prado) foi preso injustamente acusado de atentar contra a vida do coronel Teodoro (Herson Capri), que no remake se chama Egídio. O fazendeiro levou um tiro no peito em uma tocaia armada por Damião (Jackson Antunes) e Deocleciano (Roberto Bomfim), mas sobreviveu e iniciou uma caçada pelo autor de seu atentado.

    Afilhado de Deocleciano, João Pedro (Marcos Palmeira) pretendia assumir a autoria do crime para livrar a pele do padrinho, mas foi impedido por Mariana (Adriana Esteves), que fez uma falsa denúncia contra Tião. Em sua primeira noite na cadeia, o ex-catador de caranguejo foi agredido por um policial, não suportou a humilhação e tirou a própria vida. Tião ainda deixou um bilhete: “Quem trabalha e mata a fome não come o pão de ninguém. Quem ganha mais do que come sempre ganha o pão de alguém”.

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    No remake de Bruno Luperi, porém, o personagem escapará de seu destino trágico. O delegado Nórcia (Edmilson Barros) prenderá Tião após encontrá-lo com o diabinho da garrafa de José Inocêncio (Marcos Palmeira), acreditando que o trabalhador recebeu o cramulhão como moeda de troca para matar Egídio (Vladimir Brichta). O diabinho, no entanto, foi um presente de Inocêncio, que ficará furioso ao descobrir a prisão do amigo e pedirá ajuda à Kika (Juliane Araújo), advogada e ex-mulher de José Bento (Marcello Melo Jr.), para libertá-lo. Ela acusará Nórcia por intolerância religiosa e conseguirá soltar Tião. A sequência deve ir ao ar nos últimos episódios do folhetim, previsto para acabar no dia 6 de setembro.

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