O apresentador Fausto Silva passou por uma embolização após enfrentar “atraso” no processo de recuperação do transplante de rim. Segundo o boletim oficial, o transplante foi bem-sucedido, mas o paciente aguarda o início do funcionamento do órgão, razão pela qual ele passou pelo procedimento. Ele segue internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e ainda não tem previsão de alta.
Fausto foi submetido ao transplante de rim há duas semanas, seis meses depois de transplantar o coração. Após o procedimento, o rim costuma levar de sete a dez dias para começar a funcionar no novo corpo, mas algumas situações podem retardar o processo. No caso dele, o atraso está ligado a questões linfáticas. Em entrevista à coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o apresentador disse que está tudo bem com o órgão, e que segue aguardando. “Fiz todos os exames, está tudo ok com o rim, (mas) às vezes demora até um mês. Tô na espera, na arte da paciência”, explicou.
Filho do apresentador, João Silva disse que o pai está bem clinicamente, e que segue esperançoso na recuperação. “Depende de cada caso, mas com ele é grande a chance de ter sucesso na cirurgia. Agora o que foi feito foi um ajuste, até para saber se foi algo que atrasou a função do rim. Teve uma biopsia, mas basicamente foi uma cirurgia tranquila para ajeitar a ‘casa”, tranquilizou João em entrevista à coluna VEJA Gente. O filho de Faustão explicou ainda que o apresentador não está na UTI, e aguarda a recuperação no quarto, onde tem contato normal com familiares. “Ficamos horas conversando, ele fica ligado no celular. Mas é vida no hospital, tem que ter paciência para saber os próximos passos. A gente está na torcida para que o rim funcione”, finalizou ele.
O que é a embolização
O procedimento ao qual Faustão foi submetido é uma cirurgia minimamente invasiva que interrompe de maneira proposital o fornecimento de sangue para determinada parte do corpo. Para isso, um cateter é introduzido em um vaso sanguíneo através da virilha ou do braço, e aplica-se microesferas biológicas que interrompem o fluxo sanguíneo no local. O tratamento é feito com anestesia local e costuma ser usado, por exemplo, para tratar miomas, tumores benignos na próstata e até aneurismas. No caso de Faustão, o processo, ao que tudo indica, serve para obstruir algum vaso renal que esteja atrapalhando na recuperação e funcionamento do órgão após o transplante.