Filha de coreanos durante a ocupação dos japoneses na Coreia, Sunja (Minha Kim) aprendeu a ser resiliente desde cedo, mas teve a falta de sorte de engravidar de um homem casado e cheio de más intenções, Hansu (Lee Min-ho). Salva da desgraça por um pastor que aceitou assumir a criança, ela se muda para o Japão quando a vida no país fica insustentável. Na nova temporada de Pachinko, série da Apple TV+, porém, os horrores da Segunda Guerra põem a vida de Sunja em provações ainda maiores, com consequências que afetarão drasticamente as próximas gerações de sua família nesse dorama que paira muito acima dos novelões do gênero em voltagem e qualidade. Em entrevista a VEJA, a protagonista Minha Kim falou dos novos desafios enfrentados por sua personagem.
Confira entrevista na íntegra:
Sunja é uma mulher muito resiliente. Quais são os desafios que ela enfrenta agora nesta nova temporada? Na nova temporada, o contexto histórico é diferente, eles estão enfrentando a Segunda Guerra Mundial, então a família de Sunja tem que se mudar para o interior do Japão. E aí eles estão morando nesse novo ambiente, ela tem que se adaptar a um novo lugar novamente. Mas mesmo que ela tenha que enfrentar algo novo, ela nunca desiste, ela sabe como prosperar e tem sua própria família. Então, para proteger sua família, as crianças e a si mesma, ela sabe como se comportar e tenta seguir em frente, então acho que sim, ela está enfrentando muitos incidentes difíceis.
Na primeira temporada, a saga de Sanja e Hansu ganhou tons mais românticos do que no livro original, escrito por Min Jin Lee. Acha que a relação deles deveria ser vista como uma história de amor? Não sei se posso simplesmente definir Sunja e Hansu como uma história de amor porque o relacionamento deles é muito complicado. Não se trata apenas de um amor romântico e é algo que eles amam e odeiam. Não se trata apenas disso. É sobre suas conexões e é sobre a família. Você sabe, eles têm um filho e é sobre as emoções que o humano não pode sentir, então não é apenas sobre a história de amor, mas é a história de uma mulher e um homem tendo sua própria jornada.
Durante o processo de produção, você se sentiu mais conectada com a história familiar de seus próprios antepassados? Sim, especialmente nesta segunda temporada. Eu tive mais chances de pensar na maternidade porque antes disso, sinceramente eu não pensava muito, porque nunca fui casada nem tenho filho, mas me preparando para o segunda temporada, em que tenho dois filhos e vivo histórias com eles, comecei a refletir mais sobre a minha história. Então eu tive que pensar nos meus pais e nos meus avós, em como foi enorme a força deles em me criar e como eles mudaram suas vidas e o quanto eles tentaram prosperar foi muito poderoso. Eu até fui perguntar muitas coisas para meus pais e para minha avó sobre o passado deles.
O que diria que é diferente em Pachinko agora? Sete anos se passaram desde a primeira temporada, então eu só queria fazer minha personagem um pouco diferente, mas não queria perder a essência de antes ao mesmo tempo. Então essa diferença sutil mostra como quis me fundir com meus personagens, para tentar fazer algo novo. E sinto que eu e o elenco nos aproximamos mais dessa vez.
Por que acha que as pessoas se identificam tanto com a história da série? Eu acho que porque é a história é sobre a família e o amor. Eu gostaria que as pessoas pudessem se identificar com Pachinko por ter personagens que mostram a coragem de não perder a luz e a esperança apesar dos momentos difíceis que estão passando em sua vida.
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