Por onde anda o elenco de ‘The Nanny’?
Na década de 1990, a rede NBC conseguiu estabelecer-se junto ao público e a crítica com várias produções do gênero comédia, sendo as mais lembradas Will & Grace, Seinfeld, Wings, Frasier, Mad About You, Friends, Caroline in the City e Just Shoot Me. Embora a rede CBS não tenha sido capaz de, na época, oferecer a mesma quantidade […]
Na década de 1990, a rede NBC conseguiu estabelecer-se junto ao público e a crítica com várias produções do gênero comédia, sendo as mais lembradas Will & Grace, Seinfeld, Wings, Frasier, Mad About You, Friends, Caroline in the City e Just Shoot Me.
Embora a rede CBS não tenha sido capaz de, na época, oferecer a mesma quantidade de sitcoms que se tornariam memoráveis, ela contra atacava com algumas produções que também marcaram época, como Everybody Loves Raymond, King of Queens, Becker, Cybill e The Nanny, sendo esta última a primeira a estrear, entre as produções da CBS.
A série surgiu por acaso quando Fran Drescher e seu marido na época, Peter Marc Jacobson, embarcaram em um avião rumo a Londres, onde visitariam a amiga Twiggy, atriz e ex-modelo.
No vôo também estava Jeff Sagansky, então presidente da CBS Entertaiment. Drescher o conhecera pessoalmene quando estrelou Princesses, sitcom de curta duração coestrelada por Twiggy e Julie Hagerty.
Buscando não perder esta oportunidade, Drescher lhe disse que ela e o marido eram profundos conhecedores do gênero sitcom e que tinham criado um projeto de série, a qual seria estrelada e produzida por ela, em parceria com o marido. Em entrevistas divulgadas na época, Sagansky disse que achou o discurso de Drescher um tanto quanto exagerado, mas decidiu lhe dar a oportunidade de lhe apresentar o tal projeto, quando voltassem aos EUA.
Em Londres, Drescher e o marido (que na verdade não tinham nenhum projeto em mãos) começaram a desenvolver ideias em uma busca desesperada por um personagem que pudesse preencher as necessidades de Drescher como atriz, bem como oferecer ao público um enredo que pudesse segurá-lo a cada semana.
Neste meio tempo, fazendo compras com Carly Armstrong-Lawson, filha de Twiggy que na época era uma pré-adolescente, Drescher percebeu que estava dando à menina várias dicas ‘caseiras’ para lidar com problemas diários relacionados à moda, comportamento e garotos. Foi então que a atriz percebeu que tinha encontrado sua personagem.
Ao apresentar o projeto a Sagansky, Drescher e Peter fizeram uso do enredo do filme A Noviça Rebelde/The Sound of Music mas, ao invés de uma Julie Andrews, o público teria Fran Fine, uma judia do bairro Queens que faz uso de diversos truques para parecer que se deu bem na vida. Sagansky gostou do projeto e encomendou um piloto, indicando os produtores Prudence Fraser e Robert Sternin, ambos de Who’s the Boss? para ajudar com o roteiro.
Os quatro escreveram o piloto e desenvolveram os personagens. Mas o mais importante, que fez com que a série tivesse um toque especial, foi moldar Fran em torno da personalidade, lembranças e relações familiares de Drescher. Por esta razão, vários membros da família da atriz ganharam sua versão ficcional. Entre eles, Morty e Sylvia (Renée Taylor), pais de Fran; e Yetta (Ann Morgan Guilbert), sua avó.
Sylvia é apresentada na série como uma mulher obcecada por comida e em ver sua filha casada (não necessariamente nesta ordem); já Yetta é uma fumante inveterada e meio esclerosada, o que a levava a protagonizar diversas situações inusitadas. Com o personagem Morty, a série utilizou um dos recursos da comédia de nunca mostrar um rosto para o personagem, deixando para a imaginação do público formar a imagem do pai de Fran de acordo com a forma com a qual ele é descrito. O personagem só foi visto em quatro episódios, sendo que em dois foi interpretado por Mort Drescher, pai de Fran na vida real; e nos dois últimos por Steve Lawrence.
Outra decisão tomada pelos criadores da série foi a de explorar a caricatura do judeu e seus costumes, bem como suas manias, defeitos e preferências. A série também explorou o recurso de se apoiar na cultura popular, utilizando-a como referência de piadas, situações ou personagens, bem como de atores convidados.
Na história, Drescher é Fran, uma consultora de casamentos que trabalha na loja de noivas de seu namorado Danny Imperialli (Jonathan Penner, de The Naked Truth), com quem sonha em se casar. Mas este a surpreende quando a troca por outra e, pior, a despede. Razão pela qual ela passa a trabalhar como vendedora ambulante de cosméticos. É seu trabalho que a leva a bater na porta da mansão de Maxwell Sheffield (Charles Shaughnessy), um produtor britânico de musicais da Broadway e um dos dez viúvos mais cobiçados de Nova Iorque.
Ocorre que Max precisa urgentemente de uma babá para cuidar de seus três filhos, Maggie (Nicholle Tom), uma adolescente tímida e insegura; Brighton (Benjamin Salisbury), a peste; e Grace (Madelina Zima), uma menina doce e inteligente, mas que precisa de terapia para lidar com seus problemas existenciais.
Assim, Fran passa a trabalhar como babá, dando conselhos aos filhos de Max, sempre tendo como referência sua própria criação e experiências de vida. Apesar de ser aceita rapidamente pela família, Fran precisa enfrentar uma certa resistência de Max em ver seus filhos expostos a uma cultura e comportamento completamente diferentes daqueles que ele conhece. Mas Fran sempre consegue levá-lo na conversa, sendo que ainda conta com a ajuda do mordomo e faz tudo Niles (Daniel Davis), que praticamente criou Max.
O maior prazer de Niles é o de atormentar C.C. Babcock (Lauren Davis), a sócia antipática e esnobe de Max. Logo Niles percebe o quanto Fran incomoda C.C., o que o leva a buscar novas formas de provocá-la ainda mais.
No elenco de personagens, a série também contava com a presença de Valerie (Rachel Chagall), mais conhecida como Val, a amiga de infância de Fran. Amável, porém extremamente ingênua, ela se deixa constantemente levar pela conversa de Fran.
Ao longo dos episódios, surge entre Fran e Max a esperada tensão sexual, que é mantida ao longo de quase toda a série. Na primeira temporada, a sitcom focou na relação entre a babá e as crianças, bem como a busca de Fran por um namorado/marido. Na segunda, as histórias começam a dar mais ênfase à busca de Fran por um companheiro, enquanto salienta a tensão sexual entre ela e Max. Na terceira, os episódios já apresentam mais abertamente o interesse de Max por Fran, finalizando quando ele se declara a ela durante uma viagem de avião. A quarta temporada faz o inverso, é Fran quem está caçando Max que, arrependido de ter se declarado, tenta fazer com que a relação entre eles volte a ser como era antes. A quinta temporada apresenta os preparativos para o casamento, que ocorre no último episódio. Já a sexta e última temporada acompanha a vida de casada de Fran.
Quando estreou, The Nanny não conseguiu conquistar a audiência desejada, o que a levou a correr o risco de ser cancelada. Mas graças à insistência de Sagansky, que desde o início acreditou no potencial da série, ela foi renovada. No entanto, ao longo de toda sua produção, a série enfrentou a resistência de anunciantes que estavam preocupados com o tom das piadas relacionadas às diferenças sociais e culturais, bem como religiosas (no caso, os comentários em torno dos judeus).
A proposta da série começou a se esgotar na quarta temporada, o que levou a rede CBS a pedir que Max e Fran se casassem, em uma tentativa de recuperar a audiência. O truque não deu certo, levando The Nanny a registrar cerca de 9.3 milhões de telespectadores ao vivo em sua sexta temporada, a audiência mais baixa da sitcom desde sua estreia, sendo então cancelada.
Mas The Nanny continuou fazendo sucesso nas reprises e ainda gerou uma bem sucedida franquia de versões internacionais, com produções na Polônia, Indonésia, Itália, Grécia, Rússia, Argentina, Equador, México, Turquia e Chile. Em 2011, a Sony Entertainment, em parceria com a Floresta Produções, chegou a desenvolver uma versão brasileira que seria estrelada por Daniela Valente para a rede Bandeirantes. Mas o projeto foi cancelado quando o canal não aprovou seu orçamento.
Em 2004, o canal Lifetime promoveu o reencontro dos atores (com exceção de Davis que na época estava atuando em um musical da Broadway). No especial The Nanny Reunion: A Nosh to Remember, os atores compartilharam com o público suas lembranças sobre a série.
Desde então, The Nanny já perdeu um membro de seu elenco. Ann Morgan, a intérprete de Yetta, que na década de 1960 ficou famosa como a vizinha maluca de Lauren (Mary Tyler Moore) na sitcom Comédias Dick Van Dyke, faleceu no dia 14 de junho deste ano. Já Chagall, intérprete de Valerie, se afastou da TV e do cinema, sendo que não há informações sobre alguma atividade no teatro ou em qualquer outra área. O que se sabe é que ela se casou e teve dois filhos.
Fran Drescher – Quando a atriz conheceu o produtor e roteirista Peter Marc Jacobson, ela tinha quinze anos. O casamento aconteceu em 1978, quando ela tinha 21. Na época, os dois sonhavam em seguir carreira de ator.
Enquanto ele fazia pontas em séries como A Mulher-Maravilha, Longe dos Olhos Perto do Coração e Dinastia, Drescher fazia pontas em filmes como Os Embalos de Sábado à Noite e Na Época do Ragtime.
Cansados de ver suas respectivas carreiras limitadas a participações, sem grande chance de estrelar sua própria série ou de conseguir um papel em um grande filme, os dois aproveitaram a oportunidade que surgiu com The Nanny para se estabelecerem na indústria de Hollywood. Ele como produtor, roteirista e diretor; ela como atriz e produtora (sendo que a atriz chegou a dirigir dois episódios da série).
Mas em 1999, ao final da produção da série, o casal se divorciou. Para a surpresa do público, e da própria atriz, após o divórcio, Peter assumiu sua homossexualidade. No ano seguinte, ela foi diagnosticada com câncer no útero, o que a levou a se submeter a uma cirurgia para retirada do órgão. Para a sua sorte, ela não precisou se submeter a um tratamento quimioterápico.
Esta experiência a levou a escrever o livro autobiográfico Cancer Schmancer, publicado em 2003. Esta foi a segunda autobiografia da atriz, que em 1996 já tinha publicado Enter Whining, na qual relata sua infância e o início de sua carreira, bem como o estupro que ela sofreu em 1985, quando dois homens armados invadiram sua casa, agredindo seu marido e violentando ela e uma amiga.
Drescher retomou sua carreira em 2003, com participações especiais em séries. Em 2005, ela estrelou uma nova sitcom, Living With Fran, na qual interpreta uma mulher, com dois filhos adolescentes, que se apaixona por um homem muito mais jovem que ela. A série foi cancelada em 2007, com duas temporadas produzidas. Mas entre 2011 e 2013, Drescher voltou com uma nova comédia, Happily Divorced, inspirada na sua vida. A história gira em torno de uma mulher que, após dezoito anos de casada, descobre que o marido é gay. Divorciados, mas ainda vivendo juntos, eles mantêm sua amizade. Esta produção também não conseguiu fazer sucesso, sendo cancelada em 2013, com duas temporadas produzidas.
Neste meio tempo, Drescher apresentou um talk show diurno, The Fran Drescher Tawk Show, cancelado com apenas três semanas no ar.
Em 2014, a atriz estreou na Broadway, com o musical Cinderella, no qual interpreta a madrasta. Ela se manteve no elenco até 2015, participando de turnês da montagem.
Em paralelo à sua carreira de atriz, Drescher criou a Cancer Schmancer Movement, em 2007, uma organização sem fins lucrativos que divulga a importância de um diagnóstico precoce da doença. Ela também ajuda a levantar fundos para o Broadway Cares/Equity Fights AIDS Easter Bonnet Competition, organização que auxilia homens, mulheres e crianças diagnosticadas com AIDS que necessitam de medicamentos, tratamentos, alimentos, terapias ou assistência financeira emergencial. Em função deste trabalho, Drescher se ordenou Ministra da igreja Universal Life, com o objetivo de oficializar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Atualmente com 59 anos de idade, Drescher não tem nenhum trabalho como atriz agendado. Ela recém terminou uma união de dois anos com o inventor e empresário indiano Shiva Ayyadurai.
Charles Shaughnessy – O ator, que nasceu em Londres, é filho de artistas. Seu pai, Alfred Shaughnessy, era um dos roteiristas da aclamada Upstairs, Downstairs, a primeira produção britânica a ganhar um Emmy dentro da categoria Melhor Série Dramática, por três anos (e mais um como Minissérie). Sua mãe, Jean Lodge, era uma atriz.
Após se formar em Direito, Charles decidiu estudar arte dramática, iniciando sua carreira artística no final da década de 1970, com o grupo teatral Footlights Revue, especializado em comédia. Ele estreou na TV em 1983, com a série The Jury, e com uma participação especial em um episódio de Partners in Crime, primeira adaptação da obra de Agatha Christie pela BBC.
Mas quando a atriz Susan Fallander, por quem ele estava apaixonado, se mudou para os EUA, ele decidiu segui-la. Os dois se casaram em 1983, e permanecem juntos até hoje. O casal tem duas filhas, Jenny Johanna Shaughnessy e Madelyn Sarah Shaughnessy.
Na TV americana, Charles começou fazendo participações especiais. Em 1984, foi incluído no elenco da novela Days of Our Lives, na qual permaneceu até 1987, retornando em participação especial em 1990. Após mais algumas participações especiais em séries, o ator foi escolhido para interpretar o Sr. Sheffield em The Nanny. Com o cancelamento desta em 1999, Charles voltou a integrar o elenco da novela Days of Our Lives, no qual ainda permanece.
Em paralelo à novela, o ator continua fazendo participações em séries e emprestando sua voz a personagens animados. Entre seus trabalhos mais recentes estão participações recorrentes em Mad Men, como St. John Powell, diretor da agência Putnam, Powell, and Lowe em Londres; e Masters of Sex, como Clavermore, um dos pacientes de Masters. Muito amigo de Drescher, Charles também fez participações nas séries que a atriz estrelou após The Nanny.
Além da TV, ele também atua no teatro, tendo feito sua estreia na Broadway em 2003 com Urinetown, The Musical, no qual permaneceu até 2004. Em 2007, com a morte de um primo, ele se tornou o 5º Barão Shaughnessy de Montreal, no Canadá, e Ashford, na Irlanda. Este título foi originalmente dado ao seu bisavô.
Atualmente com 61 anos de idade, Charles mantém sua carreira artística, sendo que ele está no elenco de dois filmes ainda inéditos: A Midsummer’s Hawaiian Dream (telefilme) e Moontrap Target Earth.
Quem tiver interesse em acompanhar os trabalhos do ator, poderá encontrá-lo em sua página oficial.
Daniel Davis – Ele já era um ator estabelecido no teatro quando estreou na TV em 1970. Em entrevistas, Davis revelou ter crescido em uma família extremamente religiosa do Arkansas. Embora tenha nascido dois meses após o fim da 2ª Guerra Mundial, Davis vivia dentro de uma atmosfera de medo de que um novo conflito pudesse ocorrer a qualquer momento. O cinema serviu para ele como uma válvula de escape.
Quando ele era criança, seu pai tinha três empregos. Um deles era o de operador de projetor do cinema local. Sua mãe também trabalhava lá. Razão pela qual, aos dois anos de idade, Davis começou a assistir filmes, sentando em uma cadeira alta, especial para crianças pequenas.
Aos onze anos de idade, estreou como ator no programa de variedades infantil Betty’s Little Rascals, da TV local. Ele permaneceu no programa até os dezesseis anos, quando passou a atuar no teatro, tornando-se um ator shakespeareano, bem como ator de musicais e peças clássicas. Mais tarde, chegou a dar aulas de interpretação no American Conservatory Theatre.
Após dez anos se dedicando à sua carreira teatral, Davis foi para a TV. Ele integrou o elenco da novela Texas ao longo de um ano, passando a fazer participações especiais em séries, incluindo Dinastia e Jornada nas Estrelas: a Nova Geração, até chegar em The Nanny.
Davis e Lane já se conheciam há seis anos quando entraram para o elenco de The Nanny, o que ajudou a construir a química entre os dois atores. Em entrevista a um jornal australiano, ele disse que adorava dar vida às situações criadas por Niles para enfernizar C.C., razão pela qual não gostou nem um pouco quando os produtores decidiram que, para o final da série, os personagens terminariam juntos. Para o ator, os dois eram como água e vinho e deveriam permanecer ‘inimigos’.
Com o cancelamento de The Nanny, Davis voltou para o teatro, tendo feito poucos trabalhos na TV desde então. Em 2000, ele foi indicado ao Tony, o Oscar do teatro, pela montagem Wrong Mountain.
Atualmente com 70 anos de idade, Davis recém encerrou uma temporada com a montagem de Noises Off.
Lauren Lane – Quando iniciou sua carreira no teatro, Laura Kay Lane descobriu que já existia uma atriz com o nome de Laura Lane. Por isso, ela adotou o nome artístico de Lauren Lane.
Nascida em Oklahoma, mas criada no Texas, Lauren disse em entrevistas que começou a se interessar pela carreira de atriz quando se apaixonou por séries como Jornada nas Estrelas e Perdidos no Espaço. Após se formar em arte dramática pelo American Conservatory Theatre de São Francisco, ela iniciou sua carreira no teatro, tendo inclusive integrado The Actors Gang, uma companhia de teatro experimental sem fins lucrativos cofundada pelo ator Tim Robbins.
A atriz foi vista por um caça talentos da NBC que a colocou sob contrato da rede. Isto significa que o canal tinha a obrigação contratual de colocá-la no elenco de uma nova série, ou em alguma que já estivesse em produção.
Por este contrato, Lauren teve participações recorrentes em 1991 na série policial Tiro Certo/Hunter, interpretando a Sargento Chris Novak. A atriz substituiu Darlenne Flugel, que por sua vez tinha entrado na série para substituir Stephanie Kramer (Dee Dee McCall), que deixara o elenco. Este trabalho a levou a participações especiais em séries como Nos Bastidores da Lei/L.A. Law e Perry Mason (versão anos 1990), entre outras. Com o fim do contrato com a NBC, ela foi escolhida para interpretar C.C. em The Nanny.
Durante a produção desta, Lauren se casou com o empresário David Wilkins, com quem teve uma filha, Kate Wilkins. A gravidez da atriz pode ser notada nos episódios da quinta temporada, embora sua condição não tenha sido integrada no enredo da série.
Após o cancelamento de The Nanny, os atores fizeram um pacto de se encontrarem pelo menos uma vez por mês para um lanche e colocar a conversa em dia. Algo que de fato ocorreu, mas nos últimos tempos apenas Drescher, Charles e Renée têm se encontrado. Lauren, com dificuldades de conseguir trabalhos na TV por ter ficado muito marcada por seu personagem, voltou a morar no Texas em 2002, onde passou a se dedicar à carreira no teatro. Seu trabalho mais recente é a montagem de Love Letters, em 2015 no Zachary Scott Theatre Center.
Em paralelo aos trabalhos de atriz, Lauren começou a dar aulas como professora convidada na University of Texas. Com o tempo, ela se tornou professora assistente na Texas State University. Atualmente, Lauren, que se divorciou em 2009, também dá algumas aulas na Carnegie Mellon University, em Pittsburgh, Pennsylvania.
Nicholle Tom – A atriz iniciou sua carreira quando tinha cerca de treze anos de idade, sendo que seus irmãos David Tom (gêmeo) e Heather Tom também são atores. Ao entrar no elenco de The Nanny, Nicholle já tinha feito algumas participações em séries e telefilmes.
Ela tinha 22 anos quando a série foi cancelada. Nesta época, voltou a fazer participações em séries, como Castle, O Mentalista, Burn Notice e, mais recentemente, Masters of Sex; emprestou sua voz a personagens animados e fez pontas em alguns filmes como O Diário da Princesa.
Entre 2006 e 2007, Nicholle estrelou uma das primeiras séries produzidas para o canal IFC, The Minor Accomplishments of Jackie Woodman, na qual interpretou uma mulher auto-destrutiva e promíscua que, junto com sua amiga, tenta se estabelecer na indústria do entretenimento. Bem recebida pela crítica, a série teve duas temporadas.
Entre 2000 e 2003, ela teve um relacionamento com o compositor, ator e mágico Jeff Mosbrucker, com quem viveu.
Atualmente com 38 anos de idade, Nicholle mantém sua carreira de atriz. Seus trabalhos mais recentes são participações em Gotham, interpretando Míriam, a filha perturbada do Comissário Loeb (Peter Scolari); e em Survivor’s Remorse. Ela também está no elenco de dois filmes Saturn Returns, Before You Say I Do e F*&% the Prom, ainda inéditos.
Benjamin Salisbury – O intérprete de Brighton tinha treze anos quando a série estreou. Na época, ele já tinha feito alguns trabalhos como ator em participações em episódios de séries como Promised Land.
Quando a série foi cancelada, Benjamin já estava com dezenove anos. Após mais alguns trabalhos, que incluíram uma participação em um episódio de Numb3rs, no filme Simone e em comerciais, ele decidiu se afastar da carreira artística.
Formado em jornalismo, Benjamin trabalha no ginásio Staples Center, onde atua como supervisor de eventos do Los Angeles Kings, uma equipe de hóckey.
Benjamin se casou em 2006 com Kelly Murkey, com quem tem dois filhos, sendo que o segundo, Kirby Salisbury, nasceu em outubro de 2011.
Madeline Zima – A atriz iniciou sua carreira com dois anos de idade e já acumulava alguns trabalhos em comerciais e séries (O Toque de um Anjo, JAG e Lei & Ordem), bem como em filmes (A Mão que Balança o Berço) quando entrou para o elenco de The Nanny aos oito anos de idade.
Em 2013, Madeline declarou ao The TV Page não ter boas lembranças da época em que atuou na sitcom, dizendo ter sido tratada como um ‘objeto de cena’ pelos colegas, quando deveria ter sido tratada como uma criança. Rebatendo esta declaração, Davis declarou, em entrevista a um jornal australiano, que todos do elenco percebiam que Madeline era uma criança muito triste, razão pela qual os roteiristas incorporaram isto em sua personagem, levando Grace a fazer terapia.
Quando a série foi cancelada, Madeline estava com quatorze anos. Entre os atores que interpretaram as crianças, ela é quem tem feito mais trabalhos na TV. Tendo entrado no circuito de participações especiais, Madeline esteve em Grey’s Anatomy, My Boys, Royal Pains, The Vampire Diaries, Grimm e Agent X. Ela também teve participações recorrentes em Heroes, como Gretchen, a amiga bissexual de Claire (Hayden Panettiere); Californication, como Mia, uma das amantes de Hank (David Duchovny); e Betas, como a jornalista Jordan.
Em 2003, ela interpretou a versão adolescente de Lucille Ball no telefilme Lucy, que narrou a vida da comediante.
Atualmente com 31 anos de idade, Madeline mantém sua carreira de atriz, sendo que ela está no elenco da nova temporada de Twin Peaks, que estreia em 2017.
Por curiosidade, as irmãs de Madeline também são atrizes, Vanessa Zima (Murder One) e Yvonne Zima (Plantão Médico/ER, StartUp). Durante um tempo, as três tiveram uma página oficial na Internet, The Zima Sisters, mas o site já saiu do ar.
Renée Taylor – A atriz já era uma veterana quando foi convidada a interpretar a mãe de Fran Fine em The Nanny. Ela iniciou carreira como stand-up comedian, na década de 1950.
O reconhecimento da crítica e do grande público veio em 1967, quando interpretou uma atriz que interpreta Eva Brown, no filme Primavera para Hitler/The Producers, de Mel Brooks. Mas apesar de ter feito vários trabalhos (tanto na TV, quanto no cinema) entre os anos de 1960 e 1970, ela só se estabeleceu na TV na década de 1980, quando entrou para o circuito de participações especiais em séries.
Até então, ela manteve sua carreira mais focada no teatro, onde trabalhou ao lado do marido, o ator Joseph Bologna em diversas montagens, entre elas, algumas escritas pelos casal.
Durante a produção de The Nanny, Renée também teve participações recorrentes em Sonhando Acordado/Dream On, série da HBO na qual interpretou a mãe do protagonista. Na mesma época, ela integrava o elenco recorrente da sitcom da Fox Daddy Dearest, também interpretando a mãe do protagonista. Com o cancelamento das duas produções, a presença de Renée em The Nanny se tornou mais frequente a partir da terceira temporada.
Depois de The Nanny, a atriz manteve sua carreira no teatro e na TV, aparecendo em telefilmes e séries, incluindo Happily Divorced, como a melhor amiga da mãe de Fran; How I Met Your Mother e 2 Broke Girls.
Atualmente com 83 anos de idade, Renée está no elenco de três filmes ainda inéditos, How to Be a Latin Lover, Mail Order Bride Escape to America e Tango Shalom.
A atriz continua casada com Bologna, com quem vive há 51 anos, e com quem tem um filho, o ator e diretor Gabriel Bologna.
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