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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)

As primárias do antipetismo

Na disputa interna da oposição, o que for ruim para a família Bolsonaro é bom para Tarcísio, e vice-versa

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 ago 2025, 17h15 - Publicado em 23 ago 2025, 13h43

Está em curso uma espécie de primárias para a escolha do candidato que vai enfrentar Lula em 2026: ou a oposição vai dividida sob a liderança de um familiar de Bolsonaro (provavelmente o filho Flávio) tendo um governador (possivelmente Ratinho Júnior) como terceira alternativa, ou vai unida em torno de Tarcísio de Freitas. 

Estas primárias informais vão até o final do ano, quando provavelmente Jair Bolsonaro já estará cumprido a pena por tentativa de golpe de Estado. A pressão dos partidos do centrão por Tarcísio precisa ocorrer antes do início da pena, quando haverá tempo para as intrincadas articulações das chapas nos Estados. 

Se até o Natal, Bolsonaro não anunciar um herdeiro, significa que o seu candidato será Flávio e que a opção do Centrão será cumprir a ordem da família ou se juntar a um dos governadores. 

Este cenária cria um axioma: tudo que for bom para a família Bolsonaro é ruim para a candidatura Tarcísio e vice-versa. Explicitando isso em relação aos últimos acontecimentos:

  • PF divulga diálogos vergonhosos entre Eduardo, Jair e o pastor Silas Mafalaia: ruim para os Bolsonaros;
  • PF mostra Jair dividido entre radicalismo de Eduardo e quid pro quo do filho mais velho Flávio: ruim para os Bolsonaros;
  • Oposição faz baderna na Câmara para votar anistia: ruim para os Bolsonaros
  • Oposição controla CPI do INSS: Bom para Bolsonaro.
  • Pesquisas mostram governo Lula mais forte: ruim para Bolsonaro.
  • Pesquisas mostram Lula ampliando vantagem nas simulações para 2026: Ruim para os Bolsonaro;
  • Pesquisas mostram os Bolsonaros responsabilizados pelo tarifaço: Ruim para os Bolsonaros.
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Como nas primárias americanas, a disputa interna é mais selvagem do que o confronto com o adversário ideológico.  Os ataques seguidos de Eduardo ao governador de São Paulo divulgados pela PF mostram como os filhos se incomodam com a possibilidade de não serem eles os herdeiros do bolsonarismo. 

Carlos Bolsonaro, que se mantinha a parte da disputa, publicou no X: 

“A verdade é dura: todos vocês (os governadores) se comportam como ratos, sacrificam o povo pelo poder e não são em nada diferentes dos petistas que dizem combater. Limitam-se a gritar fora PT’, mas não entregam liderança, não representam o coração do povo. Querem apenas herdar o espólio de Bolsonaro, se encostando nele de forma vergonhosa e patética. Isso é pueril, desumano e de uma falta de caráter indescritível. Não há como não sentir indignação diante desses sujeitos”.

Há um forte ciclo de fatos políticos nas próximas semanas: o início dos efeitos do tarifaço na economia real, o julgamento de Jair Bolsonaro, as manifestações de Sete de Setembro, a CPI do INSS, a condenação e a eventual reação da Casa Branca e a possibilidade de o ex-presidente cumprir pena na PF e não em casa. Tudo isso vai influenciar de um lado a pressão do Centrão por Tarcísio e da família em manter um dos seus como o único líder da oposição.

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