Em recente live com o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), o jogador Neymar Júnior prometeu que, quando fizer o primeiro gol na Copa do Mundo, exibirá o número 22 com as mãos. O atacante é cotado para ser um dos comandantes da seleção rumo ao hexa. Mas ele pode se complicar com o gesto que pretende fazer.
O regulamento da Copa do Mundo proíbe manifestações, mensagens ou declarações políticas de qualquer natureza. Ferrenho apoiador de Bolsonaro – e que tenta embalar o voto do nicho futebolístico ao atual presidente –, o atacante do Paris Saint German, da França, pode gerar complicações com a Fifa, Federação Internacional do Futebol, órgão de maior instância do esporte no mundo. Isso porque as diretrizes da organização prescrevem que manifestações políticas são passíveis de punições.
Eduardo Carlezzo, advogado especializado em direito desportivo, explica à coluna o imbróglio: “Qualquer atleta que, durante uma partida da Copa do Mundo, expresse-se de forma a associar-se a um governo ou grupo político se arrisca a levar uma punição disciplinar da Fifa, já que o regulamento do mundial não permite tal manifestação política”, diz.