Não, não é montagem nem fruto de inteligência artificial. Esta imagem real (acima) já é, até aqui, uma das mais marcantes da Olímpiada de Paris. O responsável por ela é o fotógrafo da AFP Jerome Brouillet, que registrou o brasileiro Gabriel Medina surfando uma das maiores ondas desta segunda-feira, 29, em Teahupo’o, Taiti, durante as oitavas de final dos Jogos Olímpicos. Quando saía de um tubo, Medina foi aos ares junto com sua prancha, parecendo levitar sobre o mar — quase como o bíblico Moisés, que separou as águas do Mar Vermelho. Dali também sairia outro feito enorme: a maior nota da história do surfe olímpico (9,90).
A imagem provavelmente definitiva do esporte e dos Jogos foi feita por Brouillet de um barco no canal, área de águas mais profundas e calmas, de lado para as ondas, mas sem linha de visão clara da ação inicial. “Todo fotógrafo espera por isso. Você sabe que Gabriel Medina, especialmente em Teahupo’o, vai sair da onda e fazer algo. Alguma coisa vai acontecer. O único momento complicado é onde ele vai sair. Porque não estou vendo. Acho que, quando ele estava no tubo, ele sabia que estava em uma das maiores ondas do dia. Ele estava pulando da água pensando ‘cara, acho que isso é um 10”, disse Brouillet, que contou os bastidores desse registro para diversos veículos do mundo.