Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Imagem Blog

VEJA Gente

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notícias sobre as pessoas mais influentes do mundo do entretenimento, das artes e dos negócios
Continua após publicidade

Ter Gisele Bünchchen como opositora não é um bom negócio para Bolsonaro

Para celebrar seus 40 anos, modelo chama a atenção para desmatamento da Amazônia

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jul 2020, 15h37 - Publicado em 20 jul 2020, 15h24

Gisele Bündchen completa 40 anos nesta segunda, 20. Para celebrar a data especial, a brasileira mais famosa no mundo criou um bem-vindo movimento ambiental com nítido contorno político. A maior modelo da história da moda pede aos fãs, amigos e clientes uma doação especial: sementes de árvores. O objetivo é arrecadar 40 000 árvores na Amazônia. As mudas de espécies nativas serão plantadas nas bacias dos rios Xingu e Araguaia, em parceria com o Instituto Socioambiental e a Rede de Sementes do Xingu. Sem citar político ou atiçar haters de rede social, Gisele escolheu justamente a área do planeta que mais tem sofrido queimadas nos últimos meses e que está sob ataque: a Amazônia. O mês de junho de 2020 registrou 2.248 focos de queimadas no bioma local, um aumento de 19,6% em comparação com o mesmo mês no ano passado. Na semana retrasada, o governo de Jair Bolsonaro demitiu Lúbia Vinhas, coordenadora-geral de Observação da Terra do Inpe, justamente pela divulgação de dados técnicos que mostram o avanço do desmatamento na Amazônia.

O contexto de descaso com o meio ambiente só fica mais claro com a atuação do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, apontado por especialistas como um grande vilão na preservação da região (e, por consequência, do agronegócio sustentável). Muita gente pede a saída de Salles por ele ser a pior propaganda do Brasil no mundo, além de prejudicar negócios ligados ao agro. É dele a frase da famosa reunião ministerial de abril: aproveitar a pandemia para “passar a boiada”.

ASSINE VEJA

Crise da desigualdade social: a busca pelo equilíbrio
Crise da desigualdade social: a busca pelo equilíbrio Leia nesta edição: Como a pandemia ampliou o abismo entre ricos e pobres no Brasil. E mais: entrevista exclusiva com Pazuello, ministro interino da Saúde ()
Clique e Assine

Bolsonaro também vem sendo pressionado por entidades como Greenpeace — bastante ligada a Gisele, aliás — por fazer vistas grossas e não coibir a invasão de terras indígenas, que aumentou 64% nos primeiros quatros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os locais invadidos, aldeias da tribo Yanomami. A modelo foi uma das signatárias do manifesto criado pelo fotógrafo Sebastião Salgado para denunciar o governo por não proteger as aldeias em relação ao avanço do coronavírus.

Continua após a publicidade

Ter Gisele Bündchen na oposição não é nada bom para Bolsonaro. Ela já mostrou sua força e capacidade de engajamento para a causa ambiental, em 2017. Quando o decreto da extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), no Amapá e Pará, ela escreveu no Twitter: “Vergonha! Estão leiloando nossa Amazônia! Não podemos destruir nossas áreas protegidas em prol de interesses privados”. No dia 12 de junho de 2017, ela marcou o perfil oficial do então presidente Michel Temer para reclamar da redução da floresta Jamanxim, que perderia 600.000 hectares por meio de uma Medida Provisória. Temer foi duramente criticado e cobrado — e as duas medidas foram revogadas.

Mas, afinal, por que a voz de Gisele é respeitada? Para começar, ela não é uma ativista de ocasião. A gaúcha de Horizontina tem o meio ambiente como a causa de sua vida, batalha por preservação antes mesmo que o bom mocismo verde se tornasse moda. No rio Grande do Sul, ela reflorestou mata nativa de sua cidade natal, Horizontina. Ela é há mais de uma década Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e apresentou um programa sobre natureza e Amazônia na National Geographic. A população, do Brasil e do mundo, reconhece verdade e empenho nos movimentos dela. Daí que, para Ricardo Salles e Bolsonaro, ter Gisele na oposição pode ser um péssimo negócio.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.