Era grande a expectativa sobre o tratamento que a Globo daria a Regina Duarte no programa em homenagem aos 70 anos da telenovela no Brasil. É um consenso que não teria como ignorar a atriz no especial, exibido na noite desta terça (21). Ela protagonizou alguns dos maiores sucessos na história da teledramaturgia da emissora – em Roque Santeiro, como a Viúva Porcina; Helena, em Por amor; Maria do Carmo, de Rainha da Sucata e Raquel, de Vale Tudo. Só essas quatro já lhe valeriam um lugar de destaque no olimpo global.
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Mas como lidar? Regina virou um símbolo da adesão ao bolsonarismo ao trocar a estabilidade de um contrato de 50 anos com a empresa por um cargo no governo federal, em fevereiro de 2020. Demitida logo depois pelo presidente (que incita o ódio a jornalistas da “Globolixo” e das empresas de mídia tradicionais, é bom lembrar), ela continua o apoiando com furor nas redes – em recente comentário, disse “não entender” a pressa em comprar e vacinar crianças contra a Covid-19. “Não faz sentido”, escreveu.
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A questão era delicada: não seria de bom tom encher a bola da ex-namoradinha do Brasil, tampouco seria aceitável fingir que ela não existiu. A Globo optou então por exibir, sim, imagens de personagens mais icônicas da atriz – mas sem pronunciar o seu nome. Não se falou em Regina Duarte, que também não foi convidada a participar presencialmente da homenagem, e aí não houve surpresa nenhuma. Mas que foi estranho ver Lima Duarte sozinho num canto do palco a uma certa hora, isso foi.
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Betty Faria, Francisco Cuoco, Antonio Fagundes, Tony Ramos, Taís Araujo, Giovanna Antonelli, Camila Pitanga, Nívea Maria, Claudia Raia, Renata Sorrah, Patrícia Pillar, Adriana Esteves, Susana Vieira e Gloria Pires foram alguns dos destaques do programa.