Mediterrâneo, que nada. Na contramão dos iates que povoam o concorrido pedaço marítimo do globo neste verão escaldante, Lewis Hamilton, 37 anos, voou para a África. Em um roteiro abundante em cliques, o heptacampeão de Fórmula 1 passou duas semanas entretido com as girafas de um santuário na Namíbia, deu mamadeira para elefantes órfãos em Ruanda, tomou banho de rio na Tanzânia e ainda dançou em um povoado do Quênia. E eis que ali, onde vigora a brutal tradição de mutilar o clitóris das meninas, um marco da passagem para a vida adulta, o desavisado piloto britânico decidiu posar à vontade. Hamilton, que diz voltar às pistas renovado, não se abalou. “Eu não sou o mesmo homem que era antes desta viagem”, declarou — e postou.
Publicado em VEJA de 31 de agosto de 2022, edição nº 2804