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Atriz Ludmila Dayer revela esclerose múltipla: saiba os sintomas

Neurocirurgião Roberto Oberg explica as causas da doença

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 out 2022, 17h15
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  • Ludmila Dayer, 39 anos, anunciou que foi diagnosticada com esclerose múltipla. Morando nos Estados Unidos, a atriz disse que começou a sentir problemas na visão e na cognição. Quando começou a ter os primeiros sintomas, optou por cortar carne, ovo, gordura, glúten, cafeína e álcool como forma de controlar os efeitos pela alimentação. Conhecida por participação nas temporadas de 1995 e 2000 de Malhação, Ludmila fez uma live nas redes sociais para expor o problema. Roberto Oberg, neurocirurgião especialista em crânio e coluna vertebral, explica à coluna os sintomas e as causas da esclerose múltipla.

    “A esclerose múltipla afeta uma determinada parte do cérebro que chamamos de substância branca, nervos ópticos e medula espinhal. É uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune, que começa a agredir a bainha de mielina, espécie de capa que recobre o axônio, que recobre os neurônios comprometendo o sistema nervoso. A idade usual de início varia entre 10 e 59 anos, com pico máximo sendo entre 20 e 40 anos, acometendo mais as mulheres do que homens. É uma doença que causa exacerbações e remissões em vários locais no sistema nervoso. Os sintomas mais comuns são distúrbios visuais, alteração motora (como fraqueza de extremidades e alteração de marcha) e alguns achados sensoriais (como alteração do tronco e face). Devemos destacar também sintomas como incontinência urinária e alteração cognitiva, como problemas de memória e falta de atenção. O diagnóstico é difícil e temos que ser criteriosos e descartar outras doenças que causam disfunção focal ou difusa do sistema nervoso central. Não existe um único aspecto clínico ou teste diagnóstico que seja adequado para o diagnóstico preciso de esclerose múltipla. Normalmente é preciso associar os achados clínicos e exames de imagens como a ressonância do encéfalo, coluna vertebral e exames laboratoriais. Lembrando que episódios isolados de manifestação dos sintomas não definem o diagnóstico. Infelizmente a doença até o momento não tem cura, porém, o tratamento adequado, com auxílio de medicação, fisioterapia, mudança do estilo de vida com uma alimentação balanceada, pode melhorar a qualidade de vida do paciente”.

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