Aplicativo do momento entre crianças e jovens, o TikTok passou a ser usado também por assediadores — assim como acontece com todas as outras redes sociais, aliás. A ferramenta, no entanto, chama a atenção por ser a plataforma favorita de usuários menores de idade. A tia de uma menina de 13 anos registrou um boletim de ocorrência nesta sexta, 31, na 4ª Delegacia da Mulher de São Paulo, comandada pela delegada Juliana Lopes Bussacos, para relatar o caso de assédio iniciado por meio do aplicativo chinês.
O homem começou a seguir a garota, uma estudante de 13 anos, elogiando os vídeos e performances dela na rede social. Criou-se, então, uma espécie de amizade virtual entre eles. O assediador pediu o WhatsApp da adolescente e, após algumas trocas de mensagens, solicitou fotos nuas. Ele afirmou ter 26 anos. A menina não enviou nenhuma imagem. A tia, ao descobrir sobre o teor da conversa, decidiu procurar a polícia.
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“Esse caso serve de alerta para os pais monitorarem sempre as redes sociais de seus filhos”, diz a delegada Bussacos. A menina de 13 anos, assustada com a situação, deletou seu perfil no TikTok.
Em meio ao isolamento social ocorrido pela pandemia, o aplicativo chinês virou mania e ganhou uma série de novos influenciadores. As crianças ficam encantadas com o alcance obtido com seus vídeos de dancinhas — mesmo tento poucos seguidores, o conteúdo pode ser visto por milhares de pessoas. Seu alcance mundial aumentou na quarentena (só em abril, foram 107 milhões de downloads, três vezes mais que o mesmo mês de 2019). O app já ultrapassou a marca de 1,5 bilhão de usuários, segundo a SensorTower. Números específicos do Brasil não são divulgados.