Entre o grupo de artistas e personalidades considerados agora “imortais” pela Academia Brasileira de Cultura (ABC). O nome da escritora Conceição Evaristo se destacou na noite da cerimônia na terça-feira, 14, na Fundação Cesgranrio, no Rio de Janeiro. No discurso, a vencedora do Prêmio Jabuti 2015, que é cogitada também para ocupar uma vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL), cometeu um erro de português proposital.
“No penúltimo conto do livro Olhos d’água, um personagem diz: ‘a gente combinamos de não morrer’. Então estou aqui, porque a gente combinamos de não morrer. E combinamos não morrer contra toda gramática do poder mandatário. Quando esse personagem fere a gramática da Língua Portuguesa, ele fere todo o poder mandatário. E o poder que começa pela linguagem. Quando os povos dominados, como os africanos e indígenas, são obrigados a aprender a língua do colonizador”, refletiu Conceição.