Um áudio atribuído ao apresentador Roberto Justus, de 64 anos, para o colega Marcos Mion, de 40, virou o assunto em diversos grupos de WhatsApp na noite deste domingo 22. Na mensagem, Justus dá uma bronca em Mion por veicular um vídeo pedindo que as pessoas não saiam de casa. A orientação seria baseada no alto índice de contaminação com o coronavírus caso as pessoas sigam saindo para as ruas, sobretudo em locais de grandes aglomerações.
Procurado por VEJA, Justus confirma a autoria do áudio. “Era um áudio restrito a um grupo de sete amigos, não sei qual deles me sacaneou, estou até um pouco agressivo com o Mion porque ele soltou um vídeo falando de um número alto de vítimas. O Mion veio falar de que seriam 1 milhão de contaminados no Brasil, uma informação sem fundamento”, diz.
Justus diz ser terminantemente contra a medida de isolar toda a população. “A economia estava se recuperando depois de tempos ruins, agora terá uma grande recessão. Deveriam isolar os mais idosos. Importar respiradores, construir hospitais de campana: essas são as atitudes que deveriam ser tomadas, e não destruir a economia do país.” E deixou uma pergunta: “Estamos todos agora todos confinados em nossas casas. Paramos o comércio, paramos o país. Onde vai parar tudo isso?”
Na noite deste domingo, a assessoria de Marcos Mion se pronunciou através do comunicado abaixo:
O áudio que está circulando é apenas uma parte de uma conversa de um grupo de amigos e se referia a um vídeo, não do Mion, mas de um pesquisador, o biólogo, especializado em virologia, Átila Iamarino. O vídeo, colocado no grupo pelo Mion, traz prospecções de diferentes cenários para diferentes variáveis. Não se tratava de uma única afirmação determinista. Os integrantes do grupo discutiam livremente em cima das possibilidades colocadas pelo especialista, assim como discutem várias outras prospeções e cenários.
Desde o dia 12 de março, Mion usa, diariamente, seu alcance nas redes sociais e toda a sua credibilidade para alertar a população sobre a importância da prevenção diante do coronavírus. Seus vídeos, que somam milhões de acessos e são compartilhados nas mais diferentes plataformas, apresentam exclusivamente informações e recomendações de fontes oficiais.