Criador de ‘arte viva’, arquiteto ressignifica peças de decoração

Com 80 a cem criações por ano, Jayme Bernardo, 67 anos, consolidou-se no mercado nacional e internacional com projetos arquitetônicos residenciais, comerciais e de interiores. Não satisfeito com escritórios em Curitiba, São Paulo e Santa Catarina, o arquiteto formado pela Universidade Federal do Paraná, em 1982, resolveu abrir um novo estúdio para apresentar criações da Dieedro, sua marca de peças de decoração criada em 2017. Localizado na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo, o espaço, que inaugura em agosto, foi idealizado para ser uma galeria de “arte viva”, de forma que o design convencional “respirasse criatividade”. Acompanhado, claro, de um bom café.

“O espaço surgiu do desejo de criar um espaço que fosse além da exposição convencional. Queríamos algo dinâmico, que respirasse criatividade, movimento e troca constante. Com o novo estúdio de peças autorais em São Paulo, a proposta é apresentar o design como arte — que se transforma, provoca sensações e dialoga com as pessoas no dia a dia. Cada peça carrega nossa identidade, mas também se conecta com o entorno, com a cidade, com o tempo. É um convite para experimentar o design de forma sensorial, fluida e sempre em construção”, explica Jayme.

Já sobre o papel do design brasileiro no cenário nacional e internacional, ele diz: “Existe uma brasilidade que é difícil de explicar, mas fácil de sentir quando se vê uma peça nossa. Ela carrega leveza, criatividade, improviso e sofisticação ao mesmo tempo. Hoje, fico muito orgulhoso de ver nossos designers ganhando destaque internacional, sendo reconhecidos não só pela estética, mas pela originalidade e pela força conceitual do que produzem. O mundo está cada vez mais atento ao que fazemos aqui, e isso reforça ainda mais a importância de valorizarmos o que é nosso”. 

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