A questão racial entrou na vida da atriz Dandara Mariana por meio do pai, o ator e sambista Romeu Evaristo Cabral — um dos intérpretes do Saci Pererê no Sitio do Picapau Amarelo, nos anos 80. Desde criança, ela frequentou o bar de Moacyr Luz e Aldir Blanc no Rio, em meio a rodas de samba e à celebração da cultura negra. “Meu pai fez um samba-enredo para mim que foi finalista na Unidos da Tijuca”, orgulha-se. Em alta na Globo, a moça de 32 anos brilha como a Marilda de A Força do Querer, em reprise na faixa das 9, e enfrenta protocolos de gravação na pandemia em Salve-se Quem Puder, trama das 7 que só voltará em 2021. Fora da tela, retribui as graças abraçando a causa negra. No dia 10, apresentará o fórum virtual “Sim à Igualdade Racial”, do Instituto Identidades do Brasil. “Há muitos artistas negros capacitados, mas ainda somos poucos nas novelas.”
Publicado em VEJA de 7 de outubro de 2020, edição nº 2707