De Sidney Sweeney a Taylor Swift: efeitos da saída do ‘armário político’

A repercussão da propaganda da American Eagle não caiu bem para a imagem de Sidney Sweeney, 27 anos, com parte de seus seguidores mais progressistas. Enquanto veste de maneira ousada e despojada a roupa da marca, o comercial faz um trocadilho em inglês com os termos “jeans” e “genes”, sugerindo que a atriz tem uma “genética perfeita”. A singela brincadeira atraiu críticas de todos os cantos pelo seu conteúdo “machista” – o repúdio foi tanto que descobriram que Sidney é republicana registrada desde junho de 2024, segundo dados oficiais do estado da Flórida.

A intérprete de Cassie de Euphoria não quis se pronunciar, mas foi jogada para fora do “armário” de posicionamentos políticos. No mundo das celebridades, muitos optam pelo silêncio; já outros, por mais que demorem, vão a público mostrar seu profundo apoio aos candidatos. Taylor Swift, 35 anos, cresceu no universo country, conhecido pelo seu viés de maioria republicana. Durante anos, a cantora foi considerada “isentona”, pelo menos até 2017. Logo após a primeira vitória de Donald Trump, Taylor fez um longo pronunciamento rechaçando os comentários homofóbicos do presidente americano e, posteriormente, apoiou os democratas, incluindo Joe Biden. 

Também Sylvester Stallone, 79 anos, demorou a admitir ser pró-Trump. O ator de Hollywood admitiu que até os 30 anos não entendia de política, já que vinha de uma família “agnóstica politicamente”. Mas, apesar de ter dado singelos depoimentos que soavam à favor do republicano, só em 2024 que ele levantou a bandeira vermelha. “Quando George Washington defendeu seu país, ele não tinha ideia de que iria mudar o mundo. Porque sem ele, você pode imaginar como seria o mundo. Adivinhem, temos o segundo George Washington, parabéns”, disse durante o jantar organizado pelo Instituto America First Policy em Mar-a-Lago.

Em território brasileiro, Anitta se posicionou de maneira clara apenas em 2022, durante a eleição presidencial. Na época, a cantora declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas já havia demonstrado seu interesse em política – assunto admitido pela própria como um campo novo de conhecimento. “Descobri que existia esse interesse (sobre política, por parte dos fãs) quando as pessoas começaram a me cobrar muito. Falei: ‘Caramba, preciso dar uma opinião, mas não sei nada sobre assunto’”, disse em 2020, levantando uma leva de haters de pensamentos contrários.

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