Nascido no Rio de Janeiro e radicado em Nova York, Fernando Casablancas, 24 anos, se destaca como modelo, quebrando padrões e reforçando temas importantes como a autoaceitação. Para quem não associou o sobrenome, é filho de John Casablancas, fundador da Elite Model Management, falecido em 2013 e consagrado ao levar ao mundo grandes modelos brasileiras, como Gisele Bündchen, e por representar supermodelos internacionais como Linda Evangelista, Naomi Campbell, Cindy Crawford e Claudia Schiffer. Rompendo com o sistema de binaridade, Fernando ultrapassou a barreira do gênero modelando para coleções masculinas, femininas e agêneros. Trabalhou para Balmain, Bottega Veneta, Charlotte Tilbury, Ludovic de Saint Sernin e Chrome Hearts, entre outras. O neotop levanta questões sobre a identidade queer e a liberdade de ser quem se é.
“Durante muito tempo, não consegui ser eu mesmo, mas tive a oportunidade de me aceitar e explorar minha própria identidade. Eu não tinha permissão para fazer balé quando era criança, então dancei sozinho no meu quarto. Comecei a aceitar minha estranheza, minha fluidez. Comecei a aceitar partes de mim que nunca pensei que aceitaria”, diz. O próximo passo? O programa de TV The Come Up, série documental no canal Hulu, com lançamento previsto para setembro deste ano. “Meu foco é usar a moda como plataforma para espalhar amor e positividade, abraçando as partes mais mágicas da identidade, as partes que tornam cada um de nós único”, afirma.