Flip: O que a política tem a ver com o ‘boom’ da poesia

Mais de 40 autores de dez países diferentes se encontram na cidade histórica de Paraty, no sul fluminense, até este domingo, 26. Chama atenção desta edição a quantidade de poetas na programação oficial e também na mostra paralela, chamada de Off Flip. A poesia nunca esteve tão em alta. Nomes como Tatiana Pequeno, Luiza Romão, Angélica Freitas, entre outros, reforçam como o gênero literário está na moda entre os leitores brasileiros. Entre os internacionais, destaque para Dionne Brand, que veio de Trinidad e Tobago, além de Laura Wittner, da Argentina. O que explica essa onda de versos pelas ruas de Paraty, segundo vem sendo bastante debatido nesses dias de evento, é a militância que causa um grande engajamento dos autores – seja nas redes sociais ou nas participações em feiras e congressos. A poesia política cabe perfeitamente num mundo de turbulências como o atual, em que crises econômicas, politicas, climáticas e sociais se tornam assunto, não só de mesa de bar, como também da busca por saídas e soluções práticas para as angústias cotidianas.

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