Convites já foram feitos antes, todos educadamente rejeitados. Mas agora a coisa mudou de figura. Sonho antigo da Academia Brasileira de Letras, Gilberto Gil foi sondado por cinco acadêmicos e vai disputar uma das três cadeiras vagas. O apoio de Flora, sua mulher, foi essencial para que se animasse com a ideia de vestir o fardão. “É uma decisão pessoal. Nunca tinha opinado, mas desta vez eu pedi para ele pensar com carinho“, diz Flora. Prestes a fazer 80 anos e recém-recuperado de problemas renais, Gil precisará receber dezenove dos 37 votos — os defensores de sua candidatura, inclusive, já se mobilizam para garantir uma vitória tranquila e sem maiores sobressaltos.
Publicado em VEJA de 26 de maio de 2021, edição nº 2739