Atual campeã do carnaval carioca, a Imperatriz Leopoldinense aposta suas fichas na cultura cigana para conquistar o bicampeonato em 2024. Com o enredo Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da cigana Esmeralda, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, a Verde e Branco de Ramos conta a história de um cordel escrito há mais de 100 anos pelo poeta paraibano Leandro Gomes de Barros. Na obra, o autor constrói o testamento de uma cigana. “O que é meu é da cigana, o que é dela não é meu/ Quando chega fevereiro meu caminho é todo seu/ Vai clarear… olha o povo cantando na rua/ A Imperatriz desfila com a sorte virada pra Lua”, apresenta o refrão. O intérprete é Pitty de Menezes e o mestre de bateria Luiz Alberto Lolo. A escola fecha o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial, neste domingo, 11, com a promessa de que a sorte está a seu lado.
Pelo segundo ano consecutivo, Maria Mariá, cria da comunidade, é a rainha de bateria. Moradora do Complexo do Alemão, a jovem de 21 anos faz parte da escola desde criança. Ela começou desfilando na ala mirim e, antes de receber a faixa de rainha, se destacava na ala das passistas da agremiação. Ela ainda é faixa preta de taekwondo e estuda Comunicação na UFRJ. “Quem está de fora, não entende. Quem está dentro, é levado por uma energia inexplicável. Quem vive, perde o sentido se fica longe. E quem ama, sempre transborda!”, disse.