Malu Mader e as agressões físicas e psicológicas no meio artístico
Ela é uma das signatárias de manifesto contra métodos abusivos utilizados na preparação de atores; 'Nenhum profissional deve sofrer', diz
Uma carta-manifesto contra atos de desrespeito e abuso no meio artístico — que não têm nada a ver com assédio sexual — vem chacoalhando o audiovisual brasileiro. Ela foi lançada pela atriz Denise Weinberg logo após Wagner Moura derramar elogios à preparadora de elenco Fátima Toledo, com quem trabalhou em Tropa de Elite e no recém-lançado Marighella.
“Nunca trabalhei com a Fátima, mas ouvi inúmeros relatos de colegas que passaram por situações nada saudáveis. Essa cultura de sofrimento faz parte de um entendimento equivocado da nossa profissão”, justifica Malu Mader, uma das signatárias. Denise tem queixas mais específicas: “Fui torturada por ela, tive hemorragia e sequelas”. O método pouco ortodoxo de Fátima inclui tapas na cara, xingamentos e humilhações. “Eu destruo atores. Ou ele se despe ou desiste”, já declarou. Socorro.
Publicado em VEJA de 8 de dezembro de 2021, edição nº 2767