Marco Feliciano imita Darth Vader e revela paixão por Superman; assista
Parlamentar mostra ao programa da coluna 'VEJA Gente' no Youtube sua coleção de super-heróis
Sempre envolto em polêmicas que ditam a defesa de pautas conservadoras no Congresso, o pastor Marco Feliciano (PL), deputado Federal por São Paulo, conversou com o programa da coluna no Youtube sobre um assunto menos conhecido de seus eleitores e seguidores. Feliciano é fanático por bonecos de super-heróis e personagens diversos do cinema hollywoodiano. Ele tem quase dois mil objetos organizados em prateleiras em casa, algumas delas protegidas por chave, intactas do alcance de crianças. No bate-papo com VEJA, Feliciano falou da sua paixão pelo Superman e até imitou o vilão Darth Vader, da saga Star Wars. Confira.
A seguir, alguns trechos da conversa com o deputado:
ORIGEM DA COLEÇÃO. “Fui um menino pobre de periferia, morávamos doze pessoas em dois cômodos. No interior, tinha muita árvore frutífera, assim pegava uma goiaba e pregava quatro palitinhos para fazer um boneco ou cavalo, era minha brincadeira. Quando tive acesso à TV, na creche, fiquei vidrado na TV. O primeiro desenho foi a Mamãe ganso. Depois fiquei apaixonado pelos super-heróis. Agora, já deputado federal, no primeiro mandato, um amigo me deu uma estátua do (super-herói) Fantasma. Foi meu primeiro boneco”.
DORMINDO COM O ALIEN. “Já são 12 anos de coleção extensa. Não sei precisar, mas tenho quase dois mil bonecos. Coleciono tudo que já vi na TV. Tenho de Fred Flintstone a Smurfs, dos Incríveis aos Minions e Chaves. Tenho uma figura de ação do Albert Einstein, bonecos da banda Kiss… Fiz uma estante só para eles em São Paulo. Freddy Krueger, Chuck, a esposa do Chuck, figuras bizarras tipo Alien e o Predador…”
MEDO DO FREDDY KRUEGER. “Quem limpa tudo é a minha secretária do lar, dona Lucy. É até uma história engraçada. Quando ela entrou lá em casa, pedi para limpar (minha coleção) a cada dois meses. A maior é em armário trancado com chave. Na primeira vez que limpou, ela voltou no dia seguinte e falou: ‘Seu Marco, o senhor pode orar por mim? Sonhei que esses bichos me pegavam. Eles queriam me matar. Estou impressionada. Tem um deles que conversa comigo’. Eu ri muito, expliquei que alguns têm sensor de voz, não são fantasmas. Isso virou piada lá em casa”.
AMOR PELO SUPERMAN. “Meu preferido é o Superman, eu amo a vida do Superman… Ele passou por mutações ao longo do tempo. Sou da época que ele tinha cueca vermelha por cima da calça azul. Ninguém nunca conseguiu explicar esse estilo. Ele é um padrão para a criança que, como eu, foi criada sem a presença da figura do pai. Ele era mais forte que um trem, voava mais rápido que uma bala. Do Superman, queria ter a bondade que mais tem, ele não faz mal a ninguém. Era o pai perfeito”.
DEMÔNIO EM CASA. “Tive problema com a igreja, por incrível que pareça. O primeiro mandamento diz que ‘não terás outros deuses além de mim’. Para os evangélicos mais antigos, qualquer tipo de estatua é idolatria. Eles tiram as imagens de dentro de casa. Nas redes sociais, mostro meus bonecos de vez em quando. E tem gente que chega lá comentando ‘o pastor está adorando imagens do demônio’, ‘o senhor expulsa demônio da igreja e leva para casa’… Eu preciso explicar aos irmãos que idolatria não é imagem, é sentimento”.
MULHER MARAVILHA. “(Os bonecos) São mensagens políticas, o mundo está ficando muito chato. A Marvel e a DC estão reformulando os super-heróis. Por que reformular e não criar novos? A maioria dos super-heróis foi criada na década de 1930, no auge da Grande Depressão americana, quando as pessoas ficaram sem dinheiro, passaram fome. O exemplo desses super-heróis é para levantar a autoestima das pessoas. Eles têm mudado pela forçação de barra do feminismo e da agenda LGBTQIAPN+. Isso está tirando as referências que temos dos super-heróis. Por que deixar os super-heróis afeminados? É uma apelação. Seria a mesma coisa que trazer Jesus gay, lésbico, trans. Poderia fazer isso com ele? Não, ele é herói. Não se pode mudar um herói. Crie outros. Essa lacração é chata demais”.
SAGA NA GOIABEIRA. “Onde eu morava, garoto, no fundo da minha casa tinha goiabeira. Brincava com dois amigos, Tom e Jerry, nomes sugestivos… Tom, apelido do Everton, e Jerry, porque a mãe era fã de Jerry Adriani. Cada um ficou num galho de goiabeira e tivemos a ideia de brincar com a Liga da Justiça. Tom foi o Batman, Jerry foi o Homem Aranha e eu, todo mundo sabia, fui o Superman. Batman, o mais inteligente, recebeu um comunicado dizendo que o sol estava se apagando. Precisávamos salvar o sol. De repente balançamos a árvore como se fosse uma nave. Eu fiquei em pé, coloquei os braços para cima e gritei: ‘Para o alto e avante’. Caí, quebrei os dois braços, fui engessado por dois meses. Sempre que andava na rua falavam: ‘o Superman salvou o planeta Terra’. Nunca mais tentei aquele pulo”.