O dia em que Pelé e John Lennon se encontraram num curso em Nova York
Estas e obras saborosas curiosidades compõem o livro ‘Pelé, o rei visto de perto’
A pedido da coluna, Maurício Oliveira selecionou algumas curiosidades do seu recém-lançado livro Pelé, o Rei Visto de Perto. O que só reforça a genialidade e, ao mesmo tempo, a simplicidade do maior jogador de todos os tempos. Confira:
Autor do prefácio do livro Pelé, o Rei Visto de Perto, Clodoaldo revelou ao autor Maurício Oliveira que flagrou o jogador chorando no ônibus a caminho da final da Copa de 1970, cena que só ele e mais um ou dois companheiros perceberam. Oliveira teve a oportunidade de conferir a história com o próprio Rei, que confirmou: “Tinha um pessoal passando, bandeira, de repente me deu um aperto, uma tristeza, e comecei a chorar. Talvez tenha sido a melhor coisa, por causa do desabafo. Era uma sensação de angústia”. Houve outro momento em que o Atleta do Século, muitas vezes visto como um super-homem, tremeu: antes de bater o pênalti do gol 1.000. “Senti uma fraqueza nas pernas, coisa que raramente tinha acontecido daquele jeito ao longo da minha carreira”, confessou Pelé.
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Hoje, fazer três gols na mesma partida é um feito tão raro que dá até direito a pedir música no Fantástico. Para Pelé, faltaria repertório: ele fez três ou mais gols no mesmo jogo em nada menos que 127 ocasiões. O recorde supremo foi contra o Botafogo de Ribeirão Preto: oito gols no 11 a 0 de 1964. Completar uma sequência de dez jogos fazendo gols é outro feito raríssimo hoje, mas que Pelé alcançou sete vezes. Em uma dessas sequências, chegou a 20 jogos seguidos fazendo gols, em 1962. Essas são algumas das curiosidades estatísticas que permeiam o recém-lançado.
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Pelé também tinha um lado fã. Gostava de acompanhar novelas, por exemplo. Quando deu entrevistas para Oliveira, estava feliz por ter conhecido, alguns dias antes, o comediante Jackie Chan. “Muito palhaço, muito divertido, do jeito que é nos filmes”, comentou Pelé. O livro descreve como foi o primeiro contato do Rei do Futebol com grandes celebridades mundiais. Ronald Reagan, por exemplo, disse: “Prazer, sou Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos, mas você não precisa se apresentar porque todo mundo conhece o Pelé”. Já o encontro com John Lennon foi casual, no intervalo de uma escola de idiomas de Nova York, onde Pelé estudava inglês e Lennon buscava noções de japonês por causa do relacionamento com Yoko Ono. “Quando o Pelé me contou essa história, fiquei imaginando um aluno comum da escola que foi fazer um lanchinho e deu de cara com Pelé e Lennon batendo papo”, diverte-se Oliveira.