Um dos mais icônicos e lembrados presidentes dos Estados Unidos, Abraham Lincoln (1809-1865), tem parte curiosa de sua história contada em um novo documentário. Ele liderou o país durante a Guerra Civil e desempenhou um papel fundamental na emancipação dos negros americanos escravizados. Porém, mesmo com triunfos políticos, teria sofrido com depressão. Lover of Men: The Untold History of Abraham Lincoln, que estreia em cinemas selecionados nesta sexta-feira, 6, analisa esse e outro aspecto da vida de Lincoln que muitas vezes passou despercebido: sua sexualidade.
O documentário aborda os relacionamentos do político com vários homens ao longo dos anos, principalmente Joshua Speed, coproprietário de uma loja de artigos gerais com quem Lincoln dividiu alojamento — e uma cama — por quatro anos, antes de se tornar presidente. O filme, dirigido por Shaun Peterson, traz entrevistas com acadêmicos e historiadores e oferece cartas e fotos nunca antes colocadas a público, ao mesmo tempo em que expõe a tese de que Lincoln provavelmente era gay ou bissexual.
Em um trecho visto pela People, Lincoln, por meio de uma narração, começa a ler uma carta para seu parceiro de advocacia. Nela, o político relata sua depressão, após descobrir que Speed sairia de casa e voltaria para seu local de nascimento, em Kentucky, para assumir a fazenda de sua mãe. “Eu sou o homem mais miserável que existe. Se o que estou sentindo fosse distribuído para toda a família humana, não haveria um rosto alegre na Terra. Que eu algum dia serei melhor, não posso dizer. Eu terrivelmente proíbo que não seja. Agora, permanecer como estou é impossível. Devo morrer, ou ser melhor, parece-me”. Na época, Lincoln era um advogado com idade entre 20 e 30 anos, que vivia em Springfield, Illinois.