Tema do momento não apenas em Brasília, mas também nas rodinhas de pais na porta das escolas pelo país. O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira, 19, projeto de lei que autoriza o ensino domiciliar, ou também chamado pelo nome em inglês “homeschooling”. A prática, que não é permitida no Brasil por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser autorizada se passar pelo Senado. Caso o texto sofra mudanças, volta à Câmara. Só depois, segue para sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já demonstrou favorável à medida.
Pois bem. A polêmica está lançada e segue dividindo opiniões. Educar os filhos longe dos professores e do convívio com outras crianças é algo que exige dedicação, paciência e muito preparo. Nos Estados Unidos, vários artistas internacionais já se mostraram favoráveis a esta prática. Justin Bieber deslanchou muito novo na carreira e, para não perder os estudos, sua mãe recorreu ao homeschooling até o ensino médio. Ryan Gosling, protagonista de “La La Land”, frequentou escolas presenciais apenas até os 10 anos. Com baixo rendimento nas aulas devido ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a mãe decidiu educá-lo em casa. Jennifer Lopez foi criticada nas redes ao assumir que seus gêmeos estudariam em casa até os 11 anos. Tom Cruise e Nicole Kidman, enquanto estiveram casados na década de 1990, mantiveram seus dois filhos em estudos domiciliares. Alegaram que o estilo de vida atribulado do casal não permitira acompanhá-los à escola. Em 2010, já com Katie Holmes, Cruise manteve a prática de educar a filha do casal longe das salas de aula. Os últimos anos do ensino médio foram em casa para as filhas do clã Kardashian. Emma Thompson não quis mais o ensino em escolas para sua filha, quando a jovem completou 15 anos. Gwyneth Paltrow e Chris Martin já expuseram nas redes sociais um anúncio procurando um professor particular para seus dois filhos.
Em todos esses casos, famílias bem sucedidas arcam com os custos de professores ou tutores que sejam capazes de levar o conteúdo didático a seus filhos. Mas há os que são totalmente contrários à medida. No Brasil, por exemplo, Drica Moraes – mãe de Mateus, 12 anos – expôs as dificuldades da aula online, no período da pandemia. Giovanna Ewbank, mãe de Bless, Titi e Zayan, também concordou que seria inviável manter os filhos o tempo todo em casa. “Eu nem sei mais nada para explicar!”, comentou nas redes, na época da quarentena.