Faustão segue internado após apresentar quadro de insuficiência cardíaca e, conforme anunciado no domingo, 20, vai precisar de um novo coração. O Hcor, Associação Beneficente Síria, esclarece sobre o tempo de espera para transplante cardíaco e a quantidade de pessoas que aguardam a doação de um órgão no Brasil. “A gravidade do caso, o tipo sanguíneo e o tamanho corporal do paciente influenciam no tempo de espera pelo órgão. Em casos menos graves, a espera por um transplante cardíaco pode ser de 12 a 18 meses, em média. Em casos mais graves, esse período pode ser reduzido para de dois a três meses. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, mais de 65 mil brasileiros esperam por transplante no Brasil, sendo cerca de 380 deles por um coração”, diz a nota.
Cirurgião cardiovascular, Edmo Atique Gabriel explica à coluna que o transplante de coração depende de um doador viável e compatível, levando em conta parâmetros como idade, sexo, peso corpóreo e histórico clínico. “Para se retirar um coração de um doador e implantar este coração na pessoa que está na fila de espera, não se deve ultrapassar o tempo de 4 horas (tempo máximo entre a retirada do coração e o implante do mesmo), pois o músculo cardíaco precisa ter viabilidade estrutural e funcional preservada, visando ao sucesso do procedimento. As estatísticas indicam taxa de sucesso no transplante cardíaco na ordem de 50-70%. Com possibilidade de sobrevida pós-transplante de 10 a 20 anos”, explica o cirurgião. Heron Rached, médico especialista em cardiologia diz que esse procedimento é indicado para pacientes que enfrentam cardiopatias graves que não podem ser tratadas com terapias, medicamentos ou procedimentos menos invasivos. “O paciente transplantado do coração precisa ressignificar muitas coisas na sua vida e colocá-lo como prioridade. Estilo de vida, medicamentos e dieta deverão ser seguidos durante toda a vida”.