Regina Duarte, 77, coleciona personagens que marcaram a teledramaturgia da TV Globo, como a Viúva Porcina, em Roque Santeiro, uma das históricas Helenas de Manoel Carlos, em Por Amor, e Raquel Acioly, em Vale Tudo. Longe da TV desde 2017, a atriz foi secretária especial da Cultura de Jair Bolsonaro e hoje se dedica à arte fora dos holofotes, mas não descarta voltar para a televisão. Em recente conversa com a coluna GENTE, Regina opina sobre os remakes de novelas e confessa o interesse em novelas bíblicas da TV Record.
O que a senhora está fazendo fora da televisão? Estou fazendo artes plásticas, trabalho com folhas, sementes e flores da natureza. É da natureza, para benefício da natureza… É mais ou menos isso…
Voltaria para a TV Globo? Se você me apresentar um personagem apaixonante, pode ser que eu faça. Não fiz nada que eu não gostasse. Se eu voltaria para a TV Globo? É uma pergunta muito abstrata.
E para a TV Record? Sobre a Record, me fascinam as novelas bíblicas, sempre me fascinaram. Acho que a história da humanidade começa ali. A gente tem que olhar um pouco mais nosso passado como ser humano.
É a favor de remakes? Acho remake ok. Digamos assim… Se eu tivesse um cargo com o benefício de escolher de que novela fazer remake, escolheria alguma de qualidade, mas que não tivesse sido um estouro de bilheteria. Porque isso coloca o projeto numa berlinda desconfortável, de comparação com a que fez muito sucesso.
Assistiu a algum desses remakes recentes que têm ido ao ar? Ah sim. Como que chamava a novela? Pantanal. Amei Pantanal. É uma novela que (na versão original, em 1990, na TV Manchete) brigava com a minha (Rainha da Sucata, na TV Globo), a ponto de os meus capítulos, que eram de 30, 35 páginas, se tornarem 80 páginas. Para empurrar Pantanal para mais tarde, num horário que as pessoas já começavam a dormir. A gente brigou com Pantanal, vi pouco na época. Agora vi e me apaixonei.
Quem a senhora colocaria para fazer seu papel como Raquel Acioly em Vale Tudo, próximo remake da TV Globo? Que roubada essa pergunta, não, não… Ainda bem que não ocupo um cargo que me coloque numa situação como essa.