Muita gente por aí já experimentou o dissabor de nem ter estreado ainda e virar alvo da crítica. A bola da vez é Rodrigo Faro, 50 anos, que, depois de quase quinze sem atuar, pegou um papel daqueles — vai interpretar Silvio Santos, cuja trajetória se embaralha com a própria história da TV. Os comentários sobre o longa Silvio já pipocam aqui e ali, dando os contornos da dureza que se vislumbra no horizonte de Rodrigo. “Não sou ator, não sou cantor, não sou apresentador. Me defino como artista”, defende-se ele, que mantém a esperança de sucesso acesa e leva na esportiva: “Não sabe brincar? Então não desce para o play”. Seu processo criativo, conta, envolveu não mais do que meia hora frente a frente com seu personagem, anos antes de sua morte. “Queria fugir da caricatura e buscar um Silvio mais humano.” A ver o resultado nas salas de exibição, a partir do próximo dia 12.
Com reportagem de Nara Boechat
Publicado em VEJA de 6 de setembro de 2024, edição nº 2909