Rosa Magalhães, a mais vitoriosa carnavalesca, morre aos 77 anos no Rio
Artista colecionou sete títulos em mais de cinquenta anos de carreira
Carnavalesca com mais vitórias na era Sambódromo, Rosa Magalhães morreu na noite desta quinta-feira, 25, aos 77 anos, vítima de um infarto. Rosa colecionou sete títulos ao longo de mais de 50 anos de Carnaval.
Começou a carreira como assistente, em 1970, no Salgueiro. No ano seguinte, a escola foi campeã. Em 1982, se tornou campeã pela primeira vez como carnavalesca, no Império Serrano. Ao lado de Lícia Lacerda, fez o inesquecível Bum bum paticumbum prugurundum. “Aquele desfile foi de uma pobreza franciscana, ganhamos mesmo assim. As pessoas passavam mal e tanto calor, desfilamos com sol de rachar, eu mesmo ia para a beira da pista jogar agua nos foliões para não desidratarem”, contou Rosa em depoimento para o filme Rosa, a narradora de outros Brasis (2023), sore sua vida e processo artístico.
Em 1987, também ao lado de Lícia, sacudiu a Sapucaí com Ti-ti-ti do sapoti, levando Estácio de Sá ao inédito quarto lugar. Cinco anos depois, Rosa passou a assinar sozinha o carnaval da Imperatriz Leopoldinense, escola com a qual faria história – conquistou cinco títulos (1994, 1995, 1999, 2000 e 2001). Foi a primeira a ser tricampeã na Avenida. Seu último título foi em 2013, na Vila Isabel. Em 2023, Rosa foi carnavalesca no Paraíso do Tuiuti, conquistando o oitavo lugar. Além do Carnaval, venceu um prêmio Emmy na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Em 2016, foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio.
2024 foi a primeira vez em décadas que Rosa não assinou nenhum desfile na Sapucaí. O filme Rosa, a narradora de outros Brasis será exibido no domingo, 4, dentro da mostra competitiva do Festival Internacional de Paraty.