Fenômeno de audiência mundial, “Sex and the City” estreou em 1998, quando Sarah Jessica Parker tinha 33 anos. Ela agora está com 56, e em “And Just Like That”, uma espécie de continuação para o streaming, a intérprete de Carrie Bradshaw aparecerá grisalha – assim como suas companheiras de elenco, Cynthia Nixon (Miranda Hobbes) e Kristina Davis (Charlotte), hoje com 55 e 56 anos, respectivamente.
Mais de duas décadas se passaram e, na edição de dezembro da Vogue America, Sarah diz não entender por que o seu envelhecimento (e do resto do elenco) vem incomodando tanta gente. De volta à capa da publicação (“Muitíssimo obrigada, Anna”, agradeceu à editora Anna Wintour), ela falou sobre as pesadas críticas que vem recebendo nas redes sociais à aparência das personagens femininas desde que a série foi anunciada.
“Há tanta conversa misógina sobre a gente, coisas que nunca falariam sobre um homem”, disse a atriz. “Cabelo grisalho. Ela tem cabelo grisalho?’ Estou sentada com Andy Cohen, ele tem o cabelo totalmente grisalho, e para ele é excelente. Por que está tudo bem para ele? Eu não sei o que dizer!”. Sarah referia-se a uma série de fotos divulgada na imprensa americana, em julho, em que aparece almoçando ao ar livre, junto ao amigo e apresentador Andy Cohen.
Ambos ostentavam cabelos esbranquiçados (uma marca pessoal dele, aliás), mas no caso de Sarah, o tom grisalho de sua cabeleira foi apresentada como “um flagra”. A atriz não escondeu: está farta de tanta patrulha sobre as mulheres. “Todo mundo tem algo a dizer. ‘Ela tem muitas rugas, ela não tem rugas suficientes'”. “Quase parece que as pessoas não querem que a gente esteja perfeitamente bem onde estamos. Eu não tenho escolha. O que eu vou fazer sobre isso? Parar de envelhecer? Desaparecer?”.