Com as pessoas confinadas em casa, o humorista Tirullipa viu disparar o número de seguidores no Instagram, hoje com 17 milhões de fãs.
É possível rir no confinamento? Meu amigo, as pessoas querem desanuviar. É doença de um lado, desemprego de outro. Eu faço o cabra dar risada. Tenho postado para a galera esquecer os problemas. Eu conquistei 500 000 seguidores em um só dia.
Caíram seus rendimentos? Eu fazia quatro shows por semana, mas agora aumentaram meus anúncios em rede social. Tem gente que manda óleo de cozinha para a minha casa e pede para marcar a arroba (@) do mercado. Não dá, né?
O que achou da paródia musical que associa Bolsonaro com a cloroquina, tendo como fundo o sucesso Florentina, de seu pai (o deputado Tiririca)? Eu morri de rir, pedi para meu pai gravar. Mas ele, por ser deputado, quer se ver fora de encrenca.
Como o senhor avalia a política? Eu faço humor, não quero me candidatar a nada. Sempre há convites para eu repetir o sucesso de votos do meu pai. O presidente e os governadores têm de parar de brigar. Não existe isso de ser uma doencinha, quem quer dar a cara para a morte saindo na rua? Vamos ficar em casa para depois todo mundo poder sair em paz.
Publicado em VEJA de 29 de abril de 2020, edição nº 2684