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Vanessa Giácomo sobre pressão à mulher: ‘Nasce um filho, nasce uma culpa’

Atriz faz parte do elenco de ‘Florescendo’, da Paramount+

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 11h30 - Publicado em 8 mar 2024, 07h00
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  • Vanessa Giácomo vive uma mãe no limite da sanidade no curta Maré, inserido na antologia Florescendo, escrito e dirigido por Giuliana Monteiro, disponível no Paramount+. A produção é composta por outros quatro curtas-metragens, que investigam as complexidades das questões de gênero. Em conversa com a coluna, a atriz explica a conexão maternal com a personagem, repleta de culpas e julgamentos de olhares dos outros.

    “Fui mãe muito jovem, aos 24, e lembro que o tempo inteiro alguém me questionava. Aliás, sempre alguém te pressiona por alguma coisa. Mas sou a mãe que consigo ser, ninguém traz um manual. Não pode romantizar isso. Ninguém me avisou que era difícil e por isso a gente se sente culpada. Nasce um filho, nasce uma culpa. E chega de culpa para nós, mulheres. Tem que parar esse julgamento excessivo só com a mulher. Tenho 40 anos, seria mentira ignorar que nunca ninguém falou nada comigo, é comum. Mas cada vez, a mulher também entrando no lugar de liderança, essas coisas tendem a mudar”.

    Em um set com mais de 70% da equipe formada por mulheres, Vanessa destaca a palavra “cuidado” como principal elo entre elas – substantivo muito usado pela diretora na escolha em tratar de violência de gênero. Giuliana quis trazer à tela a dura realidade da questão feminina. “O Brasil representa o terceiro ou quarto país que mais mata mulheres. Infelizmente a gente sempre vê manchete de feminicídio. Era impossível não tratar desse tema. Mas a preocupação foi não cair no estereótipo. Não quis associar violência de gênero à pobreza”, explica a diretora.

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