Alcoolizada após uma festa, Wanessa entrou no quarto e bateu na perna de Davi, que dormia enrolado num edredom. Ele não gostou, foi ao confessionário e pediu providências da direção. Foi o suficiente para a cantora ser expulsa do Big Brother Brasil. A partir dali começaram as discussões de telespectadores: sua saída repentina foi justa ou não? A coluna diz: sim, foi justa. E explica o porquê em três tópicos:
– Ninguém tem o direito de bater, independentemente da intensidade, em outra pessoa. E no caso do Davi, em situação indefesa, ou seja, enquanto dormia, isso se torna mais agravante. A regra do programa é clara: não é permitida qualquer agressão física. As agressões verbais não, essas são desejáveis e fazem bem a uma audiência ávida por dedos na cara e palavrões a plenos pulmões. E a quem diz que foi apenas um “tapinha”, pense no contrário: Davi indo lá e batendo na perna da moça. Não seria grave? Pois então.
– Mesmo que Davi não a denunciasse no confessionário, houve a agressão. Caberia ao programa tirá-la imediatamente, ou se abriria um terrível precedente de uma UFC diante das câmeras. Wanessa tinha sacramentado sua saída, portanto, antes mesmo de Davi lhe apontar a sentença, ao adiantar o trabalho da direção do programa. Davi apenas verbalizou o que a direção da TV Globo teria que fazer nas horas seguintes.
– A saída de Wanessa fez muito bem a ela. Alçada ao posto de vilã com a saída de Rodriguinho, outro que tendeu ao grupo do cancelamento, a cantora não chegaria nem perto do prêmio milionário, diante da quantidade de haters que acumulara em tão pouco tempo. Sair pelas “mãos” de Davi lhe deu a oportunidade de vestir a narrativa de injustiçada, algo que jamais conseguiria se mantivesse no BBB. Com esta roupagem da “pobre menina rica” que não teve chance de se mostrar por completo, ela agora pode limpar a imagem arranhada com a qual ficou junto ao público, que decorou todas as suas barbaridades ditas em tão pouco tempo. Wanessa apenas interrompeu a trajetória ladeira abaixo de constrangimentos em sua insípida carreira. Mais um pouco e iria a nocaute.