‘As Loucuras de Rose’: filme modesto e tocante com muita música country
Longa acompanha a jornada de uma mulher que, depois de ficar presa por um ano, faz de tudo para se tornar uma cantora internacional de sucesso
(Wild Rose, Inglaterra, 2018. Estreia no país nesta quinta-feira) Rose (Jessie Buckley) é doidinha: no instante em que termina sua pena de um ano de prisão, já está de novo traçando planos mirabolantes para virar estrela do country, a música que ama acima de todas as coisas — incluindo-se aí os dois filhos tidos na adolescência e a mãe (Julie Walters), que segura suas barras. O talento de Rose é verdadeiro: com sua voz límpida e de infinitas colorações, ela faz lembrar um ícone como Patsy Cline. Exceto pelo fato de que é escocesa de Glasgow, e Nashville é um sonho distante em vários sentidos. A irlandesa Jessie Buckley, uma das revelações de sua geração, é de fato uma cantora de timbre privilegiado, e uma atriz capaz tanto de nuances como de energia. O acerto do diretor Tom Harper é cuidar de apenas emoldurar a belíssima atuação dela neste filme modesto e tocante.