Em romance perturbador, Don DeLillo examina a imortalidade
É ficção científica, mas com uma especulação filosófica que não se encontra sempre no gênero


Autor de Ruído Branco e Cosmópolis, o americano Don DeLillo, 80 anos, examina em Zero K (tradução de Paulo Henriques Britto; Companhia das Letras; 272 páginas; 49,90 reais ou 34,90 em versão digital), este perturbador romance, uma antiga ambição humana: a imortalidade. Jeffrey Lockhart, o protagonista, é convidado por seu pai, um magnata da tecnologia, a conhecer seu mais radical empreendimento: uma imensa instalação em que se guardam cápsulas criogênicas com o corpo de pessoas que esperam ressuscitar no futuro. É ficção científica, mas ao modo sombrio de DeLillo, com uma especulação filosófica que não se encontra sempre no gênero.