Wolverine? Elvis? Difícil imaginar que um bebezinho de 4 meses possa ser comparado aos galãs e suas madeixas. Mas foi o caso do pequeno Heitor Rodrigues Oliveira, o bebê de Sorocaba que abalou a internet com uma cabeleira impressionante para um recém-nascido.
Sua mãe, Elaine Cerino Rodrigues, conta que antes mesmo de segurar Heitor em seus braços pela primeira vez, já ouviu a enfermeira dizer que tinha “mais cabelo do que bebê”.
O primeiro ensaio fotográfico de Heitor, já repleto de cabelinhos arrepiados, foi feito quando tinha apenas 15 dias e já havia impressionado familiares e amigos. “Todo mundo ficou espantado, mas agora é engraçado e ele ganhou vários apelidos, ‘cabeleira do Zezé’, ‘bebê cabeludo’… Cada um chama de um jeito”, brinca Elaine. Pouco mais de três meses depois, a foto que publicou em um grupo no Facebook veio com uma enquete virtual: cortar ou não cortar os cabelos de Heitor?
O sucesso foi tão grande (e as curtidas, também), que os cabelos ficaram. “Não cortei também porque agora já está fazendo frio”, conta Elaine, que tem que lavar os cabelos do pequeno Heitor todos os dias, tamanha a transpiração.
Tanto sucesso por causa dos cabelos ainda assusta a mãe de 33 anos: “Sem essa repercussão toda já nos paravam toda hora no shopping, imagina agora! E tem gente que é sem noção, nem conhece e já vai passando a mão no cabelo. E aí eu olho para ele, que tem só 4 meses e não faz ideia do que está acontecendo e acho engraçado.”
Tanto cabelo é normal?
O presidente da Academia Brasileira de Tricologia, Ademir Júnior, explica que é absolutamente normal que bebês nasçam com muito cabelo, ainda que uma densidade capilar como a de Heitor, de dar inveja a muito marmanjo, esteja fora da curva. “Como estamos acostumados a ver bebês com pouco cabelo na publicidade e no cinema, podemos nos surpreender. Mas é uma questão biológica e genética que varia de criança para criança.”
O tricologista explica que, além da genética, alguns outros fatores no processo gestacional podem influir na quantidade de cabelo, como a alimentação e o metabolismo da mãe, mas normalmente eles apenas potencializam fatores genéticos.
No caso do Heitor, ele provavelmente puxou à mãe. “Quando Heitor nasceu, todo mundo falava que parecia com a avó paterna, mas agora dizem que parece mais comigo. Nasci em um sítio e não tenho muitas fotos de infância, mas minha mãe disse que eu era muito cabeluda quando nasci, também”, conta Elaine.