Menina de cinco anos diz em vídeo que não quer mais comer carne. Será que é saudável?
A pequena Zada, de 5 anos, fez sucesso na internet ao se recusar a comer carne após descobrir que o alimento vem de animais. No vídeo, de quase 300 mil visualizações, ela afirma para a mãe: “Eu não vou comer frango, nem carne, porque são animais e eu gosto de animais […] eu acho que eles não […]
A pequena Zada, de 5 anos, fez sucesso na internet ao se recusar a comer carne após descobrir que o alimento vem de animais. No vídeo, de quase 300 mil visualizações, ela afirma para a mãe: “Eu não vou comer frango, nem carne, porque são animais e eu gosto de animais […] eu acho que eles não gostam de ser assados no forno”.
Zada não é a primeira a viralizar na internet por não querer comer carne. Segundo a nutricionista Luna Azevedo, alguns pequenos rejeitam o alimento desde cedo: “Tem criança que com um, dois anos, já cospe a carne. Tem muito a ver com o paladar e, normalmente, levam isso para a fase adulta”, explica. Muitos pais, porém, ao perceberem a tendência nos filhos, ficam preocupados: é possível que crianças tenham uma alimentação vegetariana ou vegana sem prejudicar o seu desenvolvimento?
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=5Npv2Mpbd3w?feature=oembed&w=500&h=375%5D
A nutricionista explica que sim: “As crianças vegetarianas ainda comem ovos e leite, as veganas não consomem nada de origem animal. Ambas, porém, têm que se atentar com a quantidade de folhas verdes escuras, leguminosas, muito feijão, muita vitamina C, laranja, suco de acerola e caju”.
LEIA TAMBÉM
“Não acredito em meritocracia em um país desigual como o Brasil”, diz estudante carioca cujo post anti-Trump viralizou nos EUA
Postagem sobre balada gay viraliza. Conversamos com o autor do post
Nos dois casos, Luna ressalta a importância do acompanhamento médico e nutricional. Ela explica que só assim será possível ter orientações específicas para cada dieta. Uma das dicas, por exemplo, é não misturar alimentos ricos em ferro, como folhas verdes escuras, com leite e derivados, pois o cálcio atrapalha a absorção de ferro. Além da necessidade de fazer um exame de sangue completo e receber uma prescrição alimentar para acertar na quantidade de proteína, aminoácidos, ferro, vitamina C, B12 e etc.
A especialista em nutrição infantil do Hospital São Vicente de Paulo, Fabiana Guedes, apresenta algumas ressalvas: “Um alerta é para a ingestão de ferro. Aquele que está presente nos alimentos de origem vegetal não é absorvido tão facilmente quanto o presente nos de origem animal. Para melhorar a absorção, é necessário consumir esse nutriente junto com alimentos ricos em vitamina C.”