Tanto tatuagens quanto redes sociais são canais comuns para demonstrar afeto a quem gostamos. E quando o ser amado é uma… empresa? A história do vendedor Juliano Morais, de 33 anos, deu o que falar na internet. Na semana retrasada, ele decidiu tatuar em seu braço o logotipo da loja em que trabalha. Ante reações pouco cordiais de usuários, decidiu apagar – o post, não a tatuagem.
“Estou bem atarantado com a repercussão, falei pra todo mundo do orgulho que eu tinha de trabalhar na Lebes”, conta Juliano a VEJA. Para ele, a decisão era simples: como sua família e seu time do coração (o Grêmio) já haviam ganhado uma homenagem na pele, era a vez da empresa onde começou a trabalhar há dez anos.
O vendedor explica que tem um carinho muito grande pela rede de varejo da região sul, fundada em 1956. Por meio de prêmios de gratificação a funcionários, ele já foi a Recife (PE) e Maragogi (AL) e fez sua primeira viagem de avião. Além disso, passou uma semana em Gramado (RS), foi a espetáculos como o do Cirque du Soleil, conseguiu comprar sua moto… “São coisas que ficarão sempre comigo, ninguém vai me tirar. Se algum dia eu sair da empresa, ninguém vai apagar isso que experimentei”, explica.
Tais benesses estão na ponta da língua quando perguntam se ele tiraria a tatuagem se, eventualmente, sair da empresa. Ele tem convicção de que não. Gosta tanto do trabalho, aliás, que já chegou a sair da Lebes em 2007 (“pensei que tinha encerrado um ciclo”), mas logo voltou, em 2012. Juliano garante que não é porque não gostou dos outros dois empregos, só porque gostava demais de lá.
Seus colegas e família ficaram, a princípio, espantados, mas depois entenderam seus motivos. Juliano conta que chegou até a receber ligação do diretor da empresa, reforçando que os prêmios conquistados eram por seu esforço e dedicação. Mas ele não mede seu sentimento assim: “Se o mérito é meu ou deles, não me interessa… fui lá e tatuei.”
E aos haters, ele nem dá trela: “Eu não fiz isso para puxar saco, não preciso disso, tenho estabilidade na empresa. Não foi pra ganhar cliques, também. E eu não vou me arrepender, o respeito e o carinho que tenho hoje, vou ter sempre. É uma questão de gratidão”.
“Amor” correspondido
A companhia afirmou, em nota, que “está honrada e agradecida com tamanho reconhecimento e demonstração de carinho”.
“O propósito da empresa é facilitar o acesso das pessoas a seus sonhos, isso vale para clientes e também para colaboradores. Esta atitude espontânea e verdadeira do Juliano Morais reafirma que a Lebes está no caminho certo.”
E vocês, fariam tal demonstração de carinho pelo local onde trabalham?