De Mandy a Momoa: o ‘sapato feio’ que ninguém consegue parar de comprar…
Perosnalidades adotam as Birkenstocks como uniforme de estilo e transformaram em desejado item de consumo
A Birkenstock é aquele caso clássico de produto que, na teoria, não deveria funcionar — mas funciona tanto que virou um sucesso de consumo. Mas afinal, como um calçado ortopédico com cara de intervalo escolar passou de piada fashion a item curinga do guarda-roupa global? A resposta é simples: o conforto vende. E vende muito.
A marca alemã, fundada ainda no século XVIII (sim, antes mesmo dos Estados Unidos existirem como nação consolidada), nunca tentou parecer moderna. Enquanto o mercado corria atrás da tendência do momento, a Birkenstock seguia firme com sua palmilha de cortiça moldada à mão, seu visual “anti-sex appeal” e a certeza de que o pé humano não nasceu para sofrer. Resultado: virou um dos negócios mais lucrativos do setor, avaliado em bilhões e crescendo como se tivesse acabado de ser descoberta.
E aí veio o fator celebridade — aquele empurrão final que transforma um produto cult em fenômeno de massa. Gigi Hadid praticamente transformou o modelo Arizona em uniforme informal de rua. Kendall Jenner adotou os tamancos Boston com a devoção de quem sabe que poucos sapatos sobrevivem ao aeroporto com tanta dignidade. E Mandy Moore, sempre prática, incorporou suas Birkenstocks ao dia a dia como quem diz: “sim, vou priorizar conforto — e daí?”
E não são só as mulheres que entraram para o culto do conforto. O time masculino também abraçou a estética “pé feliz”, e nenhum fez isso com mais entusiasmo — e zero vergonha — do que Jason Momoa, que cruzou um tapete vermelho usando uma Birkenstock rosa como se estivesse de smoking. A aparição virou meme, manchete e trend ao mesmo tempo, mas reforçou uma verdade incômoda para os defensores do dress code tradicional: quando até um super-herói de Hollywood troca o sapato social por uma sandalinha ergonômica, é porque a guerra do conforto já foi vencida.
Estética da Sinceridade
Com isso, o que antes era acusado de “sapato feio” ganhou uma nova leitura: a estética da sinceridade. Num mundo saturado de microtendências que duram menos que um reel, as Birkenstocks oferecem justamente o oposto — estabilidade, durabilidade e a paz de espírito de investir em algo que não muda há décadas. Comprar uma é quase um ato de resistência ao consumo fast fashion… ainda que você acabe comprando mais de um par, porque é assim que começa.
Entre os modelos mais desejados estão o tamanco Boston, que segue idêntico desde os anos 1970 e agora vive sua fase de estrela pop; a Arizona, que nunca saiu de cena; e a Madrid, o modelo de uma tira que já foi ridicularizado e hoje figura nas listas dos mais vendidos.
No fim, o sucesso das Birkenstocks prova uma lição simples: a moda pode até tentar te convencer de que beleza é fundamental, mas o consumidor — e seu pé — sabem que não é necessariamente assim – existe um luxo grande em não sentir dor. E se isso vier com o selo de aprovação de Gigi, Kendall, Mandy e Momoa, melhor ainda.
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