Tudo azul (e cheio de brilhantes) para a princesa Kate Middleton
Ela veste o tom que sela um novo capítulo, reafirma seu lugar no tabuleiro real e alinhada às tendências, confirma seu posto de ícone fashion
Há cores que funcionam como uma espécie de bússola emocional. “O azul é a cor da distância perfeita entre o sonho e o real”, dizia o artista francês Yves Klein (1928-1962). E é nessa matiz e nesse intervalo, entre tradição e renascimento, que Kate Middleton tem desenhado sua volta ao centro da cena real e fashionista.
Ela reapareceu com o casaco-escultura azul de Alexander McQueen, aquele mesmo usado em dezembro de 2023, dias antes de revelar seu diagnóstico de câncer. Ombros firmes, cintura marcada, linhas que cortam o ar com a típica sobriedade britânica. Repetir a peça, no caso dela, é declaração porque sugere memória costurada em alfaiataria. Um gesto de continuidade após dois anos de travessia — e, agora, de remissão. O azul, para Kate, é respiro, é estabilidade e representa fé. Não à toa é associado à paz, à cura e à realeza — a famosa royal blue, símbolo histórico de força e serenidade.
E, por coincidência simbólica – em um ano de águas revoltas e turbulentas – é também a cor do fim de 2025: dos desfiles de inverno à paleta que Giorgio Armani (1934-2025) escolheu para seu grande finale, o azul volta a dominar, inclusive em escala real. Horas depois, em um banquete de gala no Castelo de Windsor, em celebração à visita de Estado do presidente alemão Frank-Walter Steinmeier ao Reino Unido, Kate empilhou camadas de tradição. O vestido azul profundo assinado por Jenny Packham — luminoso, líquido, quase cerimonial — conduzia o olhar diretamente ao ápice da noite: sua terceira tiara do ano, e a mais rara de todas.
A Tiara Oriental da Rainha Vitória, criada em 1853 pela Garrard, brilhou pela primeira vez em duas décadas. São 2.600 diamantes que atravessaram lutos, reinados e superstições. Usada por Alexandra, amada pela Rainha Mãe, vista apenas uma vez na cabeça de Elizabeth II é uma peça-força, guardada para momentos que pedem gesto e fazem história. Ao lado dela, os brincos que pertenceram à Rainha Elizabeth e a faixa e estrela da Ordem Real Vitoriana; entre os fios, o brilho disciplinado de rubis instalados há mais de um século.
Voltando ao azul, por ser a cor do horizonte, aponta para o que vem. A princesa, que retorna com serenidade estratégica, veste exatamente essa simbologia, mas como bom ícone fashion, totalmente alinhada às tendências que a própria moda elegeu como tom-guia do encerramento do ano. Como disse o próprio Giorgio Armani, “o azul é a cor da elegância absoluta”. E Kate, obviamente, sabe bem disso.
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