Nesta terça-feira, 4, o estilista francês Stéphane Rolland montou um cenário teatral no Palais Garnier, espaço que abriga a Ópera Nacional de Paris, na França, para apresentar sua coleção de alta-costura de outono-inverno. Desfilaram 24 modelos, todas vestidas de preto, exceto a atriz brasileira Maria Fernanda Cândido, que, de vermelho, surgiu interpretando a cantora de ópera Maria Callas, cujo centenário de nascimento é celebrado em 2023.
“Trata-se de uma aparição lírica e poética, forte e, ao mesmo tempo, frágil. Somente o Brasil sabe transmitir a beleza da nostalgia sem tristeza”, disse Rolland. “A ideia era agradar Maria Fernanda e deixar ela mesma se envolver”, completou o estilista.
Foi exatamente o que ela fez. Para a atriz, encarnar a diva soprano e trabalhar com Rolland foi algo surpreendente. “Encantada e lúcida sobre a minha responsabilidade, atendi ao chamado de Stéphane Rolland para homenagear a diva absoluta Maria Callas”, afirmou Maria Fernanda.
Além da coleção, o desfile e a aparição da atriz brasileira teve outro grandioso motivo: ser registrado pelo diretor francês Claude Lelouch, vencedor do Oscar de melhor roteiro original em 1967 pelo filme “Um Homem, Uma Mulher”, para a cena de abertura de seu próximo filme, ainda sem data de estreia.