Esteira aquática vira hit em casas de luxo

Mais do que ter uma piscina em casa, agora o luxo é transformá-la em uma esteira aquática, que permite o usuário nadar sem sair do lugar.  Ninguém precisa cair no mar, nem ter à disposição uma piscina com dimensões olímpica para ganhar forma e resistência. O equipamento cria uma correnteza, controlada de acordo com a necessidade do treino de força, que age na direção oposta ao do nadador. O equipamento começou em alguns clubes, mas o avanço da tecnologia permitiu que fossem instaladas em casas, assim como aconteceu com a esteira e a bicicleta ergométrica, no passado.

Trata-se de uma inovação em estilo de vida, saúde, lazer e desempenho esportivo, que está mais acessível. Nos últimos cinco anos, os preços caíram pela metade. Empresas que antes importavam o equipamento passaram a produzir localmente. Como em qualquer tipo de equipamento, o custo depende de variáveis como potência, durabilidade, acabamento, controle e integração à arquitetura local. Os preços do mercado variam de 10 mil a 45 mil  reais.

Em condomínios residenciais de luxo, as casas já são entregues com esse tipo de equipamento, que passou a ser um grande diferencial de marketing. A construtora e incorporadora de luxo G.D8 desenvolveu uma tecnologia própria nos últimos cinco anos para que o equipamento fizesse parte dos empreendimentos residenciais. A ideia partiu da experiência de Daniel Ribeiro, CEO da empresa, que foi triatleta por anos, e sempre buscou uma alternativa para treinos aquáticos em casa. Nos Estados Unidos, ele se deparou com soluções avançadas, desenvolvidas por marcas como Endless Pool e SwimEx. Como os custos eram altos, investiu em adaptar a tecnologia à realidade dos projetos da G.D8. “Reunimos um time de engenheiros e técnicos brasileiros e encaramos o desafio de criar uma solução própria com padrão internacional.” Neste caso, o executivo criou um produto exclusivo.

Mas enquanto a incorporadora trabalhava na customização da tecnologia, outras empresas no mercado passaram a trabalhar no mesmo sentido. A ideia de ter uma piscina estacionária caiu no gosto do brasileiro apaixonado pelo esporte e surgiram marcas para atender necessidades diferenciadas de preparação física e com mais ou menos design. Trata-se de um equipamento hidráulico, que funciona a partir de uma bomba de alta potência, que suga a água da própria piscina por meio de um ralo, conectado à tubulação de PVC. Ela é pressurizada e enviada a um bocal frontal instalado na parede da piscina, criando uma correnteza na qual o usuário pode nadar sem sair do lugar. O sistema é acionado por botão, controle remoto e até aplicativo. É só acionar par ao treino começar.

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