Ao longo de mais de 50 anos de carreira, Aldir Blanc assinou cerca de 500 canções. O compositor, morto nesta segunda-feira, vítima da Covid-19, foi ouvido nas vozes de cantores como Elis Regina, Chico Buarque, Djavan, Beth Carvalho, entre muitos outros. Confira abaixo cinco canções que representam as diferentes fases do músico, do início da carreira nos festivais dos anos 1970 até seu primeiro disco solo, lançado quando ele já tinha 59 anos.
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Primeiro sucesso da pena de Blanc, parceria com Silvio da Silva Jr., a canção ficou popular na voz do grupo MPB4, parte do disco Deixa Estar, e conquistou o segundo lugar no Festival Universitário de 1970.
O Bêbado e o Equilibrista
Icônica canção da música popular brasileira, O Bêbado e o Equilibrista se tornou um hino pela campanha da anistia, no fim da década de 70, ao pedir pela “volta do irmão do Henfil” — no caso, o sociólogo Hebert José de Sousa, o Betinho, que estava exilado por causa da Ditadura Militar. Ela é fruto da prolífica parceria de Blanc com João Bosco, como quem ainda assinou Dois pra Lá, Dois pra Cá, Bala com Bala, O Ronco da Cuíca, entre outras.
Saudades da Guanabara
Outra interessante parceria de Blanc se deu com Moacyr Luz, com quem, nos anos 1980, compôs canções que são crônicas apaixonadas e críticas do Rio de Janeiro. Entre elas está Saudades da Guanabara, popular na voz de Beth Carvalho.
Resposta ao Tempo
Composição feita em parceria com Cristovão Bastos, a música ficou famosa por embalar a abertura da minissérie Hilda Furacão (1998), na voz de Nana Caymmi.
Vida Noturna
Foi só em 2005, aos 59 anos de idade, que Aldir Blanc lançou seu primeiro disco solo. Recluso, o músico deu a graça de sua límpida voz acompanhada apenar por violão e piano. Destaque para a canção que dá nome ao disco, Vida Noturna.