A cerimônia do Globo de Ouro de 2021 foi uma grande torta de climão. Acusado de corrupção e de racismo, dias antes da entrega dos troféus, o prêmio de Hollywood amargou um baixo índice de audiência e uma avalanche de críticas pelo programa insosso. Nesta semana, a Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA na sigla em inglês) anunciou a contratação de dois consultores para lidar com a crise e limpar a barra do grupo.
Com nenhum negro entre os 87 votantes do prêmio, revelação que levantou as acusações de racismo, a HFPA contratou o professor universitário e especialista em diversidade Shaun Harper. Segundo comunicado, ele vai atuar por cinco anos na Associação, conduzindo uma revisão na cultura, nas regras e nos requisitos de admissão do grupo, visando uma maior participação de minorias. Harper também vai desenvolver um treinamento antirracismo para os membros atuais.
Uma consultoria jurídica também foi contratada para conduzir uma investigação em relação às políticas do HFPA e o processo de operação de seus membros. A Associação foi acusada de ser um grupo fechado, sem uma abertura transparente para outros candidatos, e que se aproveita de brindes, viagens e até pagamentos em troca da indicação de filmes e séries. Ainda de acordo com o comunicado, as ações darão ao grupo a oportunidade de “restaurar a fé e a confiança” do mundo na organização.